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“Angola vai continuar a beneficiar porque a OPEP quer preços altos”

Luanda justificou a decisão de abandonar a OPEP com as regras que já não beneficiavam o país, isto depois de uma discórdia com os sauditas quanto às quotas de produção. A decisão terá um efeito prático neutro, sinalizando uma aproximação aos EUA.
5 Janeiro 2024, 19h13

A saída angolana da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) não foi uma surpresa total e, em termos práticos, poucos efeitos terá no mercado e no país, projeta Flávio Inocêncio, professor universitário e consultor na área petrolífera. A decisão foi sobretudo política, sinalizando maior alinhamento com os EUA, mas está sempre sujeita a ser revertida caso tal beneficie Luanda, algo que agora não se verificava.

Como vê a importância atual da OPEP?
As pessoas não entendem bem o que é a OPEP. É caracterizada como um cartel, mas não o é, porque está escudada na soberania nacional. É um concerto de países escudados pelo direito internacional e em várias resoluções da ONU que conferem o direito dos países de disporem dos seus recursos naturais. Surge como um instrumento não diria de descolonização, porque é importante para os estados do Golfo e liderados pela Arábia Saudita, que são aliados ocidentais – embora, em certos momentos históricos, se tenham posicionado contra os interesses ocidentais.

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