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António Costa: “Algarve vai ter mais 500 milhões de euros de fundos europeus até 2027”

O primeiro-ministro disse esta sexta-feira que o Algarve vai dispor de mais 500 milhões de euros de fundos comunitários para executar até 2027, dos quais 200 milhões se referem a um programa específico para a eficiência hídrica.
  • António Costa
23 Outubro 2020, 20h22

“Entre o próximo quadro financeiro plurianual e o Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), o Algarve vai dispor de mais 500 milhões de euros que acrescem àquilo que tem sido, nos últimos anos, o recurso a cerca de 300 milhões de euros de fundos comunitários para executar ao longo de sete anos”, afirmou.

O primeiro-ministro falava durante a cerimónia de assinatura de um acordo de colaboração entre a Câmara de Loulé e o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), onde adiantou que cerca de 200 milhões são referentes a “um programa especial na área do ambiente” para melhorar a eficiência energética da região, especialmente para “combater as perdas da rede” e encontrar “novas formas de abastecimento”, como o “recurso à dessalinização”

António Costa destacou ainda a “oportunidade” que a medida constitui para as autarquias e empresas algarvias “acederem a outros programas específicos”, criados no âmbito do PRR para a “recuperação empresarial, formação profissional e de emprego”. No caso particular do Algarve, a região poderá beneficiar de um “programa específico destinado ao setor do turismo”, disponível para todo o país, mas com especial foco nas áreas onde este setor “tem um peso reforçado”.

As consequências da pandemia da Covid-19 no turismo, do qual o Algarve é umas das regiões “mais duramente atingidas” e onde o desemprego tem vindo a “aumentar mais fortemente”, levou António Costa a assumir “uma responsabilidade acrescida” em contribuir para a “diversificação da base económica da região”. Para o chefe do executivo, tal é chave para que esta se torne “mais resiliente a crises cíclicas” que possam atingir o setor, “sem que deixe de trabalhar para continuar a ser um dos grandes destinos turísticos à escala mundial”.

Numa sessão onde foi apresentando um programa para o apoio à habitação para 1400 agregados familiares até 2030, o primeiro-ministro destacou que “não é por acaso” que Algarve, é das regiões onde é “mais difícil conseguir colocação” para o preenchimento de vagas dos concursos de “professores para as escolas ou de médicos para os cuidados de saúde primários ou hospitalares”.

“As dificuldades de acesso à habitação são o outro lado da moeda do enorme sucesso do Algarve como destino turístico”, defendeu o governante, acrescentando que é das regiões onde as políticas públicas de habitação “são essenciais” para aumentar seu desenvolvimento económico.

O evento contou ainda com a presença do ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, e dos secretários de Estado da Habitação, Marina Gonçalves, e da Descentralização e Administração Local, Jorge Botelho.

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