O primeiro-ministro anunciou que ao abrigo da Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) o Governo poderá reforçar o investimento no Serviço Nacional de Saúde (SNS), sendo que será permitido reforçar a aposta na saúde mental e oral dos centros de saúde de todo o país, à semelhança da unidade de saúde que foi inaugurada, esta sexta-feira, na Nazaré e que já conta com um serviço de dentista.
“[Este investimento] é fundamental para prevenir muitas doenças adquiridas através da má saúde oral”, disse António Costa, esta manhã, aos jornalistas. “É um investimento estratégico da maior importância que vamos fazer”.
Além de ser reforçada esta aposta, o primeiro-ministro anunciou que a ‘bazuca europeia’ servirá para completar Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) e ainda a Rede Nacional de Cuidados de Saúde Primários (RNCSP), sendo que estão previstos financiar no PRR “mais de 100 unidades” por todo o país.
Esta reforço vai em linha com a intenção de investir em “mudanças estruturais” do SNS, que não deixa de fora a Rede Nacional de Cuidados Paliativos e a Rede de Cuidados de Saúde Mental. “Estamos muito satisfeitos de termos chegado aqui, mas estamos cheios de vontade de chegar mais além”, frisou o governante.
Durante o seu discurso às portas do novo centro de saúde da Nazaré, António Costa acrescentou que “este ano foi um ano em que ficou muito claro a extraordinária importância do SNS”, importância essa que avolumou-se com a chegada da pandemia. O primeiro-ministro relembrou que desde 2016, contabilizaram-se mais 20 mil profissionais de saúde no SNS, em termos líquidos, “tendo em conta os que saíram e os que entraram”, lembrando ainda que o Orçamento Extraordinário de 2020 contemplou um reforço de 900 milhões de euros para o SNS, que foi reforçado com mais 500 milhões de euros devido à pandemia.
“Só no ano passado, o reforço de verbas no SNS foi o mesmo que tivemos nos últimos quatro anos”, esclareceu.
Para este ano, o Orçamento de Estado prevê mais 1.200 milhões de euros de reforço do SNS. “No total, o SNS vai dispor de 12.100 milhões de euros”, disse Costa, referindo-se depois à ‘bazuca europeia’, que contempla “14 mil milhões de euros para gastarmos em seis anos”.
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