O Governo rejeitou hoje aplicar a cerca sanitária à grande Lisboa, devido à continuação do crescimento do número de casos, tal como aconteceu na cidade de Ovar, distrito de Aveiro.
O primeiro-ministro considerou hoje que as medidas que o Governo se prepara para aprovar para 15 freguesias de cinco concelhos da Grande Lisboa deverão ser suficientes para controlar o aumento do número de casos, que inclui a limitação de ajuntamentos, ou o fecho antecipado de cafés e bares
“Temos verificado que temos situações muito localizadas em 15 freguesia destes cinco concelho”, disse hoje António Costa apontando para a “concentração” de casos nestes locais, e onde e têm se verificado um “aumento de casos”, em algumas áreas residenciais destas freguesias.
“A combinação destas medidas como o reforço das decisões das autoridade sanitárias, de confinamento domiciliário obrigatório, com medidas de encerramento de estabelecimentos a partir das 20 horas, e com o sancionamento dos ajuntamentos, conseguimos obter um efeito útil que podíamos obter com a cerca sanitária, sem todos os inconvenientes da cerca sanitária”, defendeu o primeiro-ministro.
“Não proibimos trabalhar, não proibimos a atividade comercial, controlamos os riscos associados à difusão desta pandemia e é isso que importa assegurar”, argumentou para não avançar com a cerca sanitária.
O autarca de Ovar, Salvador Malheiro, defendeu no fim de semana uma cerca sanitária em Lisboa, devido ao aumento do número de casos.
“A 17/3 percebeu-se o cerco em Ovar. Era o único município em contaminação comunitária.
Depois todo o País passou a essa condição. Não fazia sentido fazer cercos. Entretanto tudo melhorou”, escreveu o vice-presidente no domingo nas redes sociais.
“Hoje Lisboa está a colocar em risco todo o País. Não esperem mais. Ou só há coragem para Ovar?”, questionou Salvador Malheiro.
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