Fernando Medina deverá “continuar a fazer brilharetes” com a execução orçamental em 2023, referiu o economista António Nogueira Leite durante o debate subordinado ao tema “Este é o OE de que o país precisa?” que decorreu esta terça-feira no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, durante a conferência sobre o OE2023 promovida pelo Jornal Económico e pela EY.
“A almofada financeira do Governo pelo crescimento da receita fiscal dá garantia este ano e o resultado orçamental vai ser necessariamente bom, o ministro das Finanças vai continuar a fazer brilharetes. Claramente que vamos ter austeridade, estamos aos níveis de Mário Soares em 1983, tendo em conta a forma como a inflação vai absorver os salários reais”, realçou o economista na conferência do OE.
Sobre a questão se o cenário macroeconómico é realista, Nogueira Leite considera que este “está num dos extremos de possibilidade na distribuição de possíveis cenários para o próximo ano”. Para o economista, “não é impossível o ligeiro crescimento para o próximo ano, é um cenário otimista mas que está no limite do realismo. Temos que ter em conta as previsões do BCE que colocam um cenário adverso”.
Relativamente à inflação, considera que este fenómeno “está consolidado e disseminado pela economia e o que está em causa é quantas mais subidas de taxas diretoras vamos ter. A inflação começou com a Covid-19 com a energia a dar um impulso”, realçou.
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