Um inquérito realizado pelo Portal da Queixa a cerca de 3000 consumidores revela como foi encarada a experiência do apagão nacional pela população. Para 84% dos portugueses, a falta de acesso às comunicações foi a principal dificuldade sentida.
Segundo o Portal da Queixa, “com base em milhares de respostas de cidadãos de todo o país, a principal dificuldade enfrentada foi a falta de acesso às comunicações (84,1%), seguida da ausência de informação ou apoio (57,8%)”.
“Os portugueses encontravam-se sobretudo em casa (48,2%) ou no local de trabalho (33,2%). Os inquiridos responderam que a interrupção afetou não apenas o quotidiano, mas também a saúde emocional da população, que se viu impedida de contactar familiares, aceder a informações relevantes e tomar decisões informadas”, apontou o Portal da Queixa.
Além disso, “a sensação de impotência vivida pelos portugueses foi agravada pela perceção negativa da gestão da crise: mais de 41% considera que o Governo e as entidades públicas não lidaram bem com a situação, enquanto apenas 19% aprova a resposta das autoridades”.
Na visão de Pedro Lourenço, fundador do Portal da Queixa, “o apagão que atingiu Portugal na passada segunda-feira evidenciou uma das maiores fragilidades da nossa sociedade atual: a dependência crítica das comunicações. Mais de 84% dos inquiridos referiram a dificuldade de aceder a redes e canais de informação, o que aumentou a sensação de isolamento e agravou o stress coletivo. Em momentos de crise, é precisamente a comunicação que deve funcionar como eixo central de apoio e orientação”.
“No entanto, o inquérito conduzido pelo Portal da Queixa revela também uma perceção preocupante sobre a atuação dos organismos públicos e do Governo, considerados ineficazes por grande parte da população. Este sentimento de insegurança só reforça a urgência de desenvolver planos de resposta mais eficazes, liderados pelo Estado, que garantam conforto, clareza e liderança quando o país mais precisa”, acrescentou.
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