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Apigraf considera “inqualificável a posição do Governo” em relação aos livros

O responsável pela Apigraf pede ao Governo que deixe de “brincar com coisas sérias”, algo que na sua perspetiva acontece desde 2007, quando o país era liderado por José Sócrates, que pertencia ao Partido Socialista (PS).
11 Fevereiro 2021, 17h34

O presidente da Associação Portuguesa das Industrias Gráficas e Transformadoras do Papel (Apigraf), José Manuel Lopes de Castro apontou ao Jornal Económico (JE) que considera “inqualificável a posição do Governo” em relação aos livros.

José Manuel Lopes de Castro considerou “inqualificável a posição do Governo” em relação aos livros e pediu que se deixasse de “brincar com coisas “sérias”. “Portanto, isto está ao nível da irresponsabilidade”, completou.

“Aguardo com alguma ansiedade a tomada de posição final [do Governo]”, diz José Manuel Castro. O responsável pela Apigraf dizendo que espera “ouvir ainda hoje que os livros estão novamente à venda em todos os postos”. José Manuel Castro referia-se à reunião plenária onde se vai debater, no Parlamento, a renovação do novo estado de emergência.

“Desde 2007 alguém anda a brincar com coisas sérias, a propósito do livro digital e do livro analógico em papel. Alguém anda a retirar a esta geração que está a sofrer com esta guerra que se está a fazer ao livro. De recordar que em 2007 Portugal tinha como primeiro-ministro José Sócrates que liderava o país estando associado ao Partido Socialista (PS).

Depois de ter estado, esta quinta-feira, na conferência internacional de livros shaping the future of books, o presidente da Apigraf concluiu que “em Portugal descemos e estamos sempre a descer e obviamente quando o nosso governo toma uma posição destas só podemos descer, descer na leitura e descer naturalmente na produção editorial”.

José Manuel Castro diz esperar “que desta vez a posição do Presidente da República seja levada a sério porque no confinamento anterior tinha prometido que ia ser retomada a venda dos livros, mas o Governo não teve isso em consideração”.

O decreto presidencial do Presidente da República define que “podem ser estabelecidas limitações à venda de certos produtos nos estabelecimentos que continuem abertos, com exclusão designadamente de livros e materiais escolares, que devem continuar disponíveis para estudantes e cidadãos em geral”. No entanto, o Governo não quer, por exemplo, que seja permitida a venda de livros.

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