As receitas dos 100 maiores fabricantes de armamento e fornecedores de serviços militares cresceram 4,2%, em termos reais, no ano passado face a 2022, para 632 mil milhões de dólares (cerca de 601 mil milhões de euros, ao câmbio atual), segundo os dados do Instituto Internacional de Estocolmo de Pesquisa para a Paz (SIPRI, no acrónimo em inglês), que alimenta a que é considerada a mais completa base de dados sobre este setor.
As empresas dos Estados Unidos continuam dominantes, representando metade das receitas arrecadadas. Desde 2018 que assim é e é natural, dado que os EUA são o maior exportador de armamento, aumentaram as vendas em 17% no quadriénio terminado em 2023, face ao anterior, aumentando em oito pontos percentuais de quota de mercado, para 42%. Foram a origem de 55% das armas vendidas à Europa.
Assim, na lista das maiores, as cinco primeiras posições são ocupadas por empresas norte-americanas, com a Lockheed Martin à frente. Seguem-se na Lista, por esta ordem, a RTX, a Northrop Grumman (responsável pelo bombardeiro B-2); a Boeing (fabricante dos helicópteros CH-47 Chinook e do AH-64 Apache, entre outros); e a General Dynamics (que fornece sistemas de combate).
A primeira empresa não americana é a britânica BAE Systems, com negócios que vão da aeronáutica (fabrica o caça Typhoon) a veículos de combate terrestres, sistemas autónomos, sistemas de vigilância e submarinos. A suas receitas aumentaram 2,3% e chegaram a 30,3 mil milhões de dólares (cerca de 28,7 mil milhões de euros). Na lista das maiores, a Europa pontifica, para além da BAE Systems, com a Airbus (12º lugar global), MBDA (30º) e KNDS (cujo ‘sócio’ alemão faz os Leopard e o francês produz os CAESAR, 45º); a Alemanha tem lugar com a Rheinmetall (26ª), ThyssenKrupp (66º), Hensoldt (73º) e Diehl (83º); a Itália com a Leonardo (13º) e Ficantieri (51º); e a França com a Thales (16º), Naval Group (32º), Safran (33º), Dassault Aviaton Group (46º) e CEA (50º). Suecos, ucranianos, polacos, noruegueses, espanhóis e checos também constam da lista mundial dos 100 mais.
Refira-se que a Leonardo fechou esta quinta-feira um acordo para uma joint venture com o fabricante turco de drones Baykar para a área das tecnologias não tripuladas.
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