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Arranca programa apoiado pela Embaixada dos EUA para empreendedoras

Academy for Women Entrepreneurs funciona como acelerador de negócios, tendo mobilizado em Portugal mais de seis centenas de candidaturas e cerca de 50 mil euros em duas edições.
7 Setembro 2023, 11h59

Decorrem até 25 de setembro as candidaturas à 3ª edição do programa Academy for Women Entrepreneurs (AWE), que promove o empreendedorismo feminino em Portugal, através de investimento norte-americano.

Esta edição abre a ajuda e o investimento a cidadãs ucranianas residentes em Portugal.

A iniciativa é promovida pela Embaixada dos Estados Unidos da América em Portugal, em parceria com a Drive Impact. Objetivo? Transmitir conhecimento e ferramentas imprescindíveis no apoio à criação e crescimento de negócios, com o suporte de mentores e especialistas na área do empreendedorismo.

Durante quatro meses, as candidatas podem aperfeiçoar as suas aptidões empreendedoras, através de networking e de sessões de mentoria.

As duas edições anteriores do programa mobilizaram mais de seis centenas de candidaturas e 54 mil dólares (50 mil euros) em seed funding.

O programa tem funcionado como um verdadeiro acelerador de negócios, diz Catarina Miguel Martins, diretora da Drive Impact, responsável pela implementação da AWE em Portugal. “Após quatro meses de programa 70% das participantes já tinham aumentado o seu volume de negócios e 80% estabeleceram novas parcerias como consequência da AWE”.

Joana Duarte com a Behén e Maria João Baeta com The Happy Gang venceram as duas primeiras edições da AWE.

“O programa deu-me formação para estruturar o negócio com mais solidez e o prémio permitiu-me dar os primeiros passos de forma mais segura, arrendei o meu primeiro estúdio em Lisboa e investi nas coleções. O reconhecimento chegou no ano seguinte: fui nomeada e recebi um globo de ouro na Categoria de Personalidade de Moda do Ano”, conta Joana Duarte.

As peças da designer estão disponíveis em Portugal, EUA e Canadá. Joana foi também convidada para assinar os figurinos da peça “Casa Portuguesa”, no Teatro Nacional D. Maria II em Lisboa, e coordenou um projeto do CADA – Centro de Artesanato e Design dos Açores de dinamização de conexões entre a indústria e as técnicas artesanais, entre outras iniciativas de que tem feito parte.

Maria João Baeta, vencedora da segunda edição da AWE com a The Happy Gang, partilha que o seed funding lhe permitiu reforçar a estratégia de internacionalização da marca. “Investi o valor do prémio numa feira internacional (na Alemanha) e apostei em visibilidade dentro da própria feira, o que foi determinante para o sucesso do processo de internacionalização”, conta.

Neste momento, a marca The Happy Gang está disponível em Espanha e Itália, além de Portugal. “Temos outros mercados a abrir em breve”, adianta Maria João que se prepara para duplicar a faturação este ano e lançar 14 novos produtos já em outubro.

Também Sandra Ruivo viu o seu projeto Turtle Petals ser distinguido com o segundo lugar e alcançar um mediatismo além-fronteiras, já com clientes fechados nos EUA e na Europa. “A participação na AWE deu-nos uma projeção internacional gigante, principalmente nos EUA, o que é excelente porque é um mercado enorme. O reconhecimento que, entretanto, fomos adquirindo tem sido essencial para a validação do nosso projeto”, adianta. O primeiro produto de Sandra Ruivo, já com patente aprovada, é uma cápsula de café certificada e compostável em ambiente doméstico.

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