A Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para eventos (APSTE) tem-se reunido quinzenalmente com o ministério da Cultura. A próxima reunião está prevista decorrer no final do mês com a presença de um dos elementos da Direção Geral de Saúde (DGS), segundo revelou o presidente da associação, Pedro Magalhães ao Jornal Económico (JE).
“Estamos desde o início do ano em reuniões”, apontou Pedro Magalhães completando que até ao momento decorreram três encontros com o ministério da Cultura. A associação apresentou as suas medidas que passam pela utilização de testes rápidos em festivais, bem como de um certificado de vacinação digital. A ministra da Cultura, Graça Fonseca não tem posição perante as medidas e como tal chuta a responsabilidade para a DGS.
Pedro Magalhães explicou ao JE que Graça Fonseca comprometeu-se a “solicitar a presença de alguém da DGS para entrar nesta próxima reunião” para que possam discutir as propostas sobre os testes rápidos ou certificados de vacinação aquando da entrada de eventos. Embora ainda não exista data marcada, Pedro Magalhães frisou que a promessa é que a “próxima reunião seja no final deste mês”.
Antes disso, nada avança para o sector dos festivais e eventos. “Como Graça Freitas diz e nós concordamos, ninguém consegue antecipar nada, de semana para semana tudo muda e vivemos aqui uma situação muito difícil com o número de casos diários e mortes”, referiu Pedro Magalhães.
Quanto ao que a APSTE acha sobre o assunto, Pedro Magalhães afirmou que a associação defende que se devia pôr em prática “o certificado acompanhado com os testes para que não se possam excluir as pessoas”.
“Claro que temos sempre algumas reticências visto que se fala muito da privacidades das próprias pessoas e no fundo também existe uma questão de desigualdade”, esclareceu Pedro Magalhães referindo-se à hipótese de aquando da entrada em vigor do certificado de vacinação este ser obrigatório.
“Estamos todos nos cuidados intensivos, ligados à máquina pelos apoios que o estado nos está a dar”
O sector dos Festivais e Eventos está parado há quase um ano e desde então tem estado dependente dos apoios estatais. Pedro Magalhães garante que estas empresas estão ” todos nos cuidados intensivos, ligados à maquina pelos apoios que o estado nos está a dar”.
No entanto os apoios estão prestes a acabar e são insuficientes porque não abrangem todas as despesas do sector. “Os apoios às moratórias estão anunciados até setembro de 2021 e vamos lá chegar rapidamente”, apontou o presidente da APSTE acrescentando que existem “apoios aos salários, medidas como o lay off para as empresas que ficaram proibidas” de ter atividade aberta.
No entanto, Pedro Magalhães explica que por exemplo, “a restauração, está proibida de abrir as portas, as nossas empresas não estão proibidas de abrir as portas, mas não podem exercer”. “É importante referir isto porque o nosso sector não está proibido, mas não pode exercer” completa o representante da APSTE que prevê que a “desgraça” destas empresas venha a ser ainda maior.
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