O barril de Brent está hoje a subir com notícias sobre um possível ataque de Israel ao Irão. O Brent ganha mais de 1% para mais de 66 dólares esta manhã, depois de já ter estado a subir quase de 2%.
A “CNN” revela que as secretas americanas têm informação que Israel prepara-se para atacar instalações nucleares iranianas. O timing não podia ser pior, pois a Casa Branca está a tentar chegar a acordo com o regime iraniano.
O canal de notícias não tem dúvidas: este ataque seria “uma ruptura ousada” do Governo de Benjamin Netanyahu para com o presidente Trump, escreveu a estação com base na informação que recebeu de fontes da administração norte-americana.
O presidente norte-americano esteve recentemente no Médio Oriente e não visitou Israel, com os analistas a apontarem esta decisão devido ao arrefecimento das relações entre Washington e Telavive devido à degradação da situação humanitária em Gaza.
A “Reuters” escreveu recentemente que aumenta a “irritação” em Washington por Israel não atingir um cessar-fogo em Gaza. E que Trump “ignorou” o líder israelita que até foi o primeiro líder estrangeiro a visitar a Casa Branca em janeiro.
Donald Trump quer resultados práticos no terreno e Netanyahu não pode mais contar com o apoio dos EUA para a sua “agenda”, segundo fontes ouvidas pela “Reuters”.
“A administração Trump está muito frustrada com Netanyahu”, disse David Schencker, ex-responsável para o Médio Oriente do Governo de George W Bush.
Além da recusa num cessar-fogo em Gaza, Netanyahu também opõe-se a conversações entre os EUA e o Irão sobre o programa nuclear.
“Apesar de publicamente, as relações entre os EUA e Israel continuarem fortes, responsáveis da administração Trump tem expressado em privado irritação com a recusa de Netanyahu em alinhar-se com as posições de Washington em Gaza e no Irão”, segundo a “Reuters” que cita fontes próximas do assunto.
Durante a sua campanha, Donald Trump defendeu um cessar-fogo em Gaza e a libertação dos reféns israelitas pelo Hamas.
Mas Netanyahu continua a desafiar os cessar-fogo, a expandir a ofensiva após 19 meses de conflito que já provocou a morte de quase 53 mil pessoas em Gaza.
A invasão de Gaza teve início em outubro de 2023 após um ataque pelo grupo Hamas que matou 1.200 pessoas em Israel, tendo sido feitos 250 reféns.
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