O Bloco de Esquerda (BE) vai apresentar uma queixa à Entidade de Regulação da Comunicação Social (ERC) e rejeita a ideia de que despediu cinco mulheres em fase de amamentação, transmitida numa notícia da revista “Sábado”, datada desta terça-feira.
De acordo com o BE, trata-se de um “ataque político que dispensou o jornalismo e a verificação de factos”, esclarece o partido.
A notícia refere que, entre 2022 e 2024, foi despedida uma mulher que tinha um bebé de dois meses e duas que estariam nos quadros. De forma a contornar a lei, o partido terá oferecido contratos a prazo sem funções para que o “salário” acabasse por ser a indemnização, de acordo com o que foi noticiado.
Numa carta dirigida ao presidente do Conselho Regulador da ERC, enviada às redações, o BE nega que assim tenha acontecido. De acordo com o partido político, “nenhuma trabalhadora ‘com um bebé de dois meses’ foi despedida do quadro do Bloco”, assim como “nenhuma trabalhadora afetada pelo término de comissões de serviço foi substituída por outro trabalhador contratado para o efeito”, garante-se na carta.
Num dos casos, trata-se de “uma pessoa que – a própria notícia o reconhece – trabalha no Bloco de Esquerda até hoje”, assinala-se.
“Outros dois casos”, relata o partido liderado por Mariana Mortágua, “são relativos a contratos cessados automaticamente pelo Parlamento Europeu no final dos mandatos de José Gusmão e Marisa Matias, como acontece com todos os contratos de todos os assistentes parlamentares europeus no final dos mandatos”, pode ler-se.
Em causa estão os resultados das eleições legislativas de janeiro de 2022, que ditaram um corte para metade na subvenção mensal a que o BE tinha direito. Dito isto, reduziu para metade a sua rede de sedes e a estrutura profissional, o que significou afastar “aproximadamente 30 pessoas”, recorda-se no documento.
O Bloco indica ainda que, ao contrário do que é escrito na notícia em causa, respondeu às perguntas que a Sábado lhe fez chegar, mas tal não foi divulgado porque “as respostas não serviam a mentira”, descreve-se ainda. A notícia publicada “omite quase toda a resposta”, garante o partido.
O BE vai apresentar queixa e, na mesma carta, pede que sejam tomadas “as medidas adequadas”.
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