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Atividade industrial nos EUA cai ao ritmo mais pronunciado desde junho de 2023

É a terceira leitura consecutiva em queda e em terreno de contração da atividade, marcando também um mínimo para o indicador desde junho do ano passado. As expectativas de inflação subiram enquanto o emprego caiu novamente, mas a confiança dos empresários melhorou com a aproximação das eleições.
9 – Los Angeles, Estados Unidos
1 Outubro 2024, 16h10

A atividade industrial nos EUA caiu de forma pronunciada em setembro, a queda mais significativa desde junho de 2023, apesar de uma ligeira revisão em alta, levando consigo as expectativas de emprego. Ainda assim, a confiança dos empresários subiu ligeiramente com a aproximação da eleição de novembro e a expectativa de mais definição após o ato eleitoral.

O índice de gestores de compras (PMI) para o sector industrial norte-americano foi revisto em alta, em setembro, ficando em 47,3 (a estimativa inicial apontava para 47 pontos), marcando nova queda em relação aos 47,9 pontos registados em agosto. É o terceiro mês seguido de quedas, a terceira leitura consecutiva em terreno de contração da atividade (abaixo de 50 pontos) e o valor mais baixo do indicador desde junho do ano passado.

Olhando para a produção das fábricas, mas também para o ritmo de novas encomendas, o cenário é pouco otimista: ambos os subindicadores caíram em setembro (com as novas encomendas a deslizarem da forma mais agressiva em 15 meses), fruto da fraca procura que se faz sentir e da incerteza política em torno da eleição de novembro, empurrando assim o emprego.

O subindicador referente ao mercado laboral caiu ao ritmo mais pronunciado desde 2010, isto excluindo os meses mais críticos da pandemia, registando mesmo a segunda leitura consecutiva de quedas no nível de emprego. Recorde-se que o mercado de trabalho tem estado cada vez mais no foco da Reserva Federal nos EUA, dado que a luta contra a inflação dá sinais de estar nas fases finais.

Ainda assim, os custos intermédios continuam a subir, sobretudo no que respeita a matérias-primas como o papel, sendo esta subida acompanhada de um aumento nos fretes internacionais. Na mesma linha, as expectativas de preços de venda subiram e, ao contrário dos custos dos inputs, aceleraram até ao ritmo mais alto desde abril.

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