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AT&T vai transformar direitos televisivos em serviço de streaming por 35,3 mil milhões de euros

O acordo proposto unirá um dos estúdios mais poderosos de Hollywood, a TimeWarner – criadora das franquias Harry Potter e Batman, com o canal televisivo de programas caseiros, culinária, natureza e ciência do Discovery.
  • AT&T
18 Maio 2021, 07h40

A AT&T, proprietária dos estúdios da HBO e Warner Bros, e da rede de televisão por cabo e streaming Discovery, vai transformar os seus ativos de direitos televisivos para criar uma “rede global autónoma streaming“, disse a gigante das telecomunicações norte-americana através de um comunicado consultado pela “Reuters”.

O acordo proposto unirá um dos estúdios mais poderosos de Hollywood, a TimeWarner – criadora das franquias Harry Potter e Batman, com o canal televisivo de programas caseiros, culinária, natureza e ciência do Discovery. Segundo os termos, a AT&T receberá 43 mil milhões de dólares (35,3 mil milhões de euros) numa combinação de dinheiro, títulos de dívida e retenção de certas dívidas pela WarnerMedia.

Os acionistas da AT&T receberão ações correspondentes a uma representação de 71% da nova empresa, enquanto os acionistas da Discovery ficariam com os restantes 29%. O acordo marca também o desfecho da aquisição da TimeWarner feita pela AT&T por 108,7 mil milhões de dólares (89,4 mil milhões de euros) em 2018, do qual se destaca o seu reconhecimento de que as audiências televisivas se mudaram para os serviços de streaming.

Com a aquisição da TimeWarner, a AT&T procura criar uma potência de média e telecomunicações, combinando conteúdo e distribuição capaz de competir com as agora rivais Netflix e Disney. No entanto, essa estratégia é vista como arriscada pelos analistas, uma vez que a gigante norte-americana das telecomunicações procura simultaneamente expandir os serviços sem fio de próxima geração (5G), ao mesmo tempo que investe num novo serviço de streaming

A nova empresa está projetada para ter receita em 2023 de cerca de 52 mil milhões de dólares (42,8 mil milhões de euros) e um EBITDA ajustado de cerca de 14 mil milhões de dólares (11,5 mil milhões de euros), bem como três mil milhões de dólares (2,4 mil milhões de euros) em sinergias de custos anuais esperadas. O negócio está previsto ser fechado em meados de 2022, dependendo da aprovação dos acionistas do Discovery e consequentes aprovações regulatórias.

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