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Aumento de capital da Águas de Portugal não foi apreciado por acionistas

Em 2023, a AdP totalizou 102 milhões de euros de lucro, um acréscimo de 2,2% face a 2022.
8 Maio 2024, 20h45

Os acionistas da Águas de Portugal (AdP) aprovaram, em assembleia-geral, as contas de 2023, com um resultado líquido de 102 milhões de euros, mais 2,2% relativamente ao ano anterior, foi anunciado esta quarta-feira. Já o aumento de capital, que constava dos pontos a discutir, “não foi apreciado”, segundo a Lusa.

“A assembleia-geral de acionistas da AdP aprovou o relatório e as contas consolidadas de 2023, que confirmam a robustez do grupo AdP e a evolução positiva consistente da generalidade dos indicadores, enquadrados numa dinâmica de crescimento sustentável da atividade”, indicou, em comunicado.

Em 2023, a AdP totalizou 102 milhões de euros de lucro, um acréscimo de 2,2% face a 2022.

Por sua vez, o volume de negócios atingiu cerca de 790 milhões de euros, mais 6,4% do que no período homólogo.

Já o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) situou-se em cerca de 350 milhões de euros, “inferior ao valor registado no ano anterior, em consequência do agravamento do custo da energia e dos reagentes por impacto da guerra na Europa”, referiu.

No acumulado do ano, o grupo investiu 214 milhões de euros, em linha com o estabelecido no ano anterior.

A Lusa questionou o grupo sobre os restantes pontos que constavam da convocatória da assembleia-geral que, por sua vez, respondeu que a proposta de aplicação de resultados “foi aprovada por unanimidade” e que o “aumento de capital não foi apreciado”.

Da convocatória da assembleia-geral, datada de 19 de março, fazia também parte a proposta para o aumento de capital do grupo para 534.500 milhões de euros, através de novas entradas de dinheiro, no montante de 100 milhões de euros, e da emissão de 20 milhões de novas ações, bem como a proposta de aplicação de resultados.

Segundo o mesmo documento, na ordem de trabalhos estavam igualmente as deliberações sobre o relatório de sustentabilidade e o relatório de boas práticas do governo societário, a apreciação geral da administração e fiscalização da sociedade, o plano de atividades, bem como a eleição do revisor oficial de contas.

Fundado em 1993, o grupo AdP é constituído por 19 empresas, sendo 13 das quais entidades gestoras de sistemas de abastecimento de água e de tratamento de águas residuais. O Estado controla a totalidade do capital através da Parpública, que detém uma participação de 81% e da Caixa Geral de Depósitos, que é titular dos restantes 19%.

Fernando Medina terá forçado a Águas de Portugal a pagar um dividendo extraordinário de 100 milhões de euros ao Estado. A verba foi usada para melhorar as contas públicas no ano passado.

No final de dezembro, a Parpública e a CGD decidiram que a Aguas de Portugal devia distribuir dividendos aos acionistas, num montante de precisamente 100 milhões de euros, que ajudaram a reforçar o excedente de 3.193,5 milhões apresentado pelo Governo anterior.

 

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