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Aumento de capital da Cofina para comprar dona da TVI decorre até 11 de março

Oferta pública de subscrição vai permitir que o capital social da Cofina, hoje fixado em 25.641.459,00 de euros, cresça para 110.641.459,05 de euros. Assim a Cofina terá de emitir 188.888.889 novas ações. Após subscrição integral do aumento de capital, a Cofina passa a deter 291.454.725 ações ordinárias. As novas ações da Cofina deverão ser admitidas à negociação bolsista no dia 13 de março.
  • Presidente Executivo da Cofina, Paulo Fernandes
18 Fevereiro 2020, 10h49

A operação de aquisição da Media Capital pela Cofina continua sem obstáculos pela frente. Na segunda-feira à noite, 17 de fevereiro, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) aprovou o prospeto da oferta pública de subscrição (OPS), submetido pela Cofina depois da assembleia geral extraordinária de acionistas de 29 de janeiro, criando condições para um aumento de capital em 85 milhões de euros da dona do Correio da Manhã e CMTV.

O aumento de capital da Cofina é indispensável para a concretização da compra da dona da TVI e decorre até ao dia 11 de março. Dos 85 milhões de euros, perto de 60 milhões de euros estão já assegurados pela estrtura acionista da Cofina (Promendo Investimentos; Caderno Azul; Actium Capital; Livrefluxo e Valor Autentico) e pela sociedade Pluris Investments do empresário Mário Ferreira, segundo informação veiculada pela CMVM.

Ao que o Jornal Económico apurou junto de fontes próximas do processo este sindicato financeiro “está fechado”,  o que significa que o restante montante para perfazer o aumento de capital em 85 milhões de euros terá de ser assegurado dos demais investidores que venham a adquirir direitos de subscrição.

O aumento de capital vai permitir que o capital social da Cofina, hoje fixado em 25.641.459,00 de euros, cresça para 110.641.459,05 de euros. Desta forma a Cofina terá de emitir 188.888.889 novas ações. Após a subscrição integral do aumento de capital, a Cofina passará a deter no mercado 291.454.725 ações ordinárias. As novas ações da Cofina deverão ser admitidas à negociação bolsista no dia 13 de março.

A Cofina poderá, assim, realizar uma oferta particular junto de investidores institucionais nos mesmos termos da OPS. O preço da oferta é de 0,45 euros por ação.

De acordo com o prospeto da OPS, a data limite para a compra de ações da Cofina com direitos de preferência na subscrição das novas ações é dia 20 de fevereiro.

Já o prazo para a negociação dos direitos de subscrição em bolsa será feita entre os dias 25 de fevereiro e o dia 5 de março. O período de reção das ordens na oferta decorrer a partir das 8h30 do dia 25 de fevereiro até às 15h do dia 10 de março.

Quanto à receção de ordens na oferta particular o prazo decorrer entre as 15h de 5 de março até às 12h do dia 11 de março. Os resultados do aumento de capital deverão ser apurados também no dia 11 de março.

Concluído o aumento de capital, a Cofina deverá avançar para o registo da oferta pública de aquisição (OPA) da Media Capital. A OPA e o respetivo processo de aquisição do grupo liderado por Paulo Fernandes sobre a dona da TVI poderá estar concluído na última quinzena de março.

O negócio está acordado para que a Cofina desembolse 123,29 milhões de euros, um valor que avalia a Media Capital (incluindo dívida) em 205 milhões de euros. O grupo de Paulo Fernandes vai pagar 1,5406 euros por cada ação da Media Capital.

A dona do Correio da Manhã a aquisição da Media Capital pode representar sinergias de 46 milhões de euros.

O grupo Cofina detém, além do Correio da Manhã e do Record, a CMTV, o Jornal de Negócios, a revista Sábado, entre outros títulos. Por sua vez, a Media Capital conta com seis canais de televisão e a plataforma digital TVI Player. Além da TVI, canal generalista em sinal aberto, conta com a TVI24, TVI Reality, TVI Ficção, TVI Internacional e TVI África. A Media Capital tem também rádios, onde se inclui a Comercial.

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