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Aumento dos preços na habitação deve ser contrariado por aceleração na habitação pública, diz comité europeu

O Comité Económico e Social Europeu chegou à conclusão que a construção de habitação pública acessível aos jovens deve ser grande parte da solução. Face ao aumento generalizado do custo de vida, os transportes públicos e as energias verdes também devem entrar no plano, sublinha o órgão consultivo da UE.
2 Maio 2025, 18h43

Perante um contexto de aumento generalizado do custo de vida na Europa, os países devem investir em habitação pública, nos meios de transporte públicos e nas energias renováveis, de forma a baixar os custos deste tipo de bens e serviços. Em causa está uma crise “alarmante”.

A conclusão é do Comité Económico e Social Europeu (CESE), um órgão consultivo da União Europeia que emite pareceres dirigidos às outras instituições da UE. Num relatório enviado às redações esta segunda-feira, são citados os dados de outubro de 2024 que indicam uma subida de 3% nas rendas e 2,9% nos preços das casas.

Os responsáveis salientam ainda que aqueles valores subiram “significativamente mais” do que o rendimento médio disponível. Assim sendo, o CESE acredita que o investimento público na construção de habitação a custos justos “deveria ser uma prioridade”.

Ao mesmo tempo, salienta que “simplificar regras, assim como investigação e inovação podem acelerar a construção”, além de deixar claro que os jovens devem ser o grande foco destas medidas. “São grandemente afetados pelos altos custos”, acrescenta-se.

Transportes e energia são outras vertentes que merecem atenção

Outro capítulo do relatório diz respeito aos transportes. Neste âmbito, o transporte público “desempenha um papel crucial em garantir mobilidade acessível, universal e de alta qualidade”, pelo que são necessários “investimentos ecológicos e sociais em multimodalidade e interconexões”.

No que diz respeito à energia, o CESE quer ver acelerada a expansão de redes de energia renovável, mediante “processos de concessão de licenças mais rápidos e simplificados”. O mesmo comité mostra-se favorável ao desenvolvimento de redes transversais aos Estados-membros da UE, enquanto “infraestruturas críticas”.

No mesmo documento, destaca-se ainda a pobreza no que respeita a estes dois setores, que se diz estar associada, numa altura em que condiciona a vida de um número crescente de cidadãos europeus.

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