O presidente da Câmara Municipal do Seixal, Paulo Silva, voltou a alertar para o “perigo” da existência de depósitos de munições no concelho do Seixal, que foi esta quarta-feira ameaçado por um incêndio.
Em declarações ao Jornal Económico, o autarca defendeu a transferência do Depósito de Munições NATO de Lisboa (DMNL), localizado em Fernão Ferro, para “Tancos ou Santa Margarida, onde também existem outros depósitos”, insistindo numa “reivindicação antiga”.
“O depósito de munições constitui um perigo sempre iminente em caso de alguma catástrofe, como é o caso deste incêndio, que esteve muito próximo [do depósito]”, continuou.
De acordo com Paulo Silva, a autarquia vai “continuar a reivindicar a deslocalização do depósito de munições” daquele que é o 11.º concelho mais populoso do país.
O incêndio que teve início ao princípio da tarde de ontem numa zona de mato na Amora, no Seixal, teve origem num carro na A33 e propagou-se para uma zona de mato.
De acordo com o comando sub-regional da Península de Setúbal da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), deflagrou pelas 12:52 na localidade de Verdizela, no concelho do Seixal.
O presidente da Câmara Municipal do Seixal, que assumiu o cargo em 2022, aponta para “operação musculada” do conjunto de operacionais do combate ao incêndio, saudando o “grande profissionalismo e capacidade operacional dos bombeiros” para que as zonas residenciais nunca estiveram em perigo.
Segundo o autarca da CDU, algumas empresas “que estavam a laborar nas proximidades moveram meios mecânicos na ajuda ao combate a incêndio, possibilitando o seu controlo”.
Às 20h00 de quarta-feira, o incêndio continuava a progredir com duas frentes em direção à EN377, entre Fernão Ferro (Seixal) e Alfarim (Sesimbra), sem vítimas ou casas atingidas, segundo a ANEPC.
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