Banco Português de Fomento quer “fechar duas ou três” parcerias internacionais, diz CEO

O Banco Português de Fomento (BPF) está a fechar uma parceria com um fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos e quer continuar a dar estes passos noutros países, admitindo fechar “duas ou três” parcerias internacionais.

“Temos o roadmap do caminho que queremos fazer. Se conseguirmos fechar duas ou três parcerias seria notável”, afirmou Gonçalo Regalado, o novo CEO do BPF, na apresentação da nova equipa e plano de ação desta entidade que aconteceu esta segunda-feira na Nova SBE, em Lisboa. No evento esteve também presente o ministro da Economia, Pedro Reis, que disse ser este o “momento de refundar o BPF”.

Os Emirados Árabes querem encontrar projetos de investimento em Portugal, mostrando estar preparados para apoiar o banco de fomento nacional. “Desenhámos uma linha de conceito que juntará duas entidades soberanas, o BPF e um fundo soberanos dos Emirados”, detalhou o responsável, estando agora a ser feito “um levantamento de setores onde há interesse em investir cá e nós a fazer o mesmo lá”.

“Temos sentido de urgência porque sabemos que, uma vez construída, esta parceria poderá ser utilizada noutros países”, disse Gonçalo Regalado, referindo que a América do Norte e a Europa são as regiões para “onde estamos a apontar estas parcerias”.

“O nosso trabalho é ser o motor de investimento e dar capacidade às empresas portuguesas para chegar a estes mercados”, acrescentou o CEO do BPF, garantindo que “queremos apresentar a todos o Banco Português de Fomento das empresas que será uma nova avenida do investimento económico em Portugal”.

“Não faremos escolhas por dimensão ou por setor. Vamos trabalhar com todos”, sublinhou, dizendo ainda que “não é tolerável que um banco com a nossa responsabilidade demore meses a dar resposta aos empresários”.

A apresentação do plano de ação acontece depois de o Banco de Portugal ter aprovado, este mês, a nova equipa de gestão do BPF. “Com o processo de fit and proper concluído, estão criadas as condições para a nomeação da nova administração, dando-se assim início a uma nova fase do BPF, que se pretende mais dinâmica e mais próxima das empresas”, anunciou, num comunicado, o Ministério da Economia.