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Bank Millennium com lucros a caírem 49% para 27,9 milhões de euros

O BCP explica que os resultados do Bank Millennium no 1º trimestre de 2024 mantiveram-se condicionados pelos encargos relacionados com a carteira de créditos hipotecários denominados em francos suíços que totalizaram 824 milhões de zlótis antes de impostos (190,9 milhões de euros).
10 Maio 2024, 09h36

O Bank Millennium, que é detido em 50,01% pelo BCP, viu o resultado líquido do primeiro trimestre cair para 128 milhões de zlótis (29,7 milhões de euros) no primeiro trimestre, o que compara com 252 milhões de zlótis no mesmo período de 2023 (53,6 milhões de euros). O que traduz uma queda de 49,2%.

O BCP consolida nas suas contas pelo método integral as contas do Bank Millennium. O banco com sede em Varsóvia registou resultados positivos nos últimos seis trimestres.

O BCP explica que os resultados do Bank Millennium no primeiro trimestre de 2024 mantiveram-se condicionados pelos encargos relacionados com a carteira de créditos hipotecários denominados em francos suíços que totalizaram 824 milhões de zlótis antes de impostos (190,9 milhões de euros).

Sem isso, ou seja o resultado líquido do primeiro trimestre de 2024, ajustado de itens específicos (relacionados maioritariamente com encargos relacionados com a carteira de créditos hipotecários denominados em francos suíços) aumentou de 672 milhões de zlótis (142,9 milhões de euros) para 714 milhões de zlótis (165,2 milhões de euros), correspondendo a uma variação de 6% em moeda local.

No banco polaco há destacar em termos de produto bancário que a margem financeira aumentou 7% em termos homólogos e 5% no trimestre, e que a taxa da margem está em 4,36%.

Já as comissões líquidas apresentaram uma ligeira redução de 1% em termos homólogos e um aumento de 5% no trimestre.

Sendo que os proveitos core aumentaram 6% em termos homólogos.

Do lado dos custos, o banco reporta que os custos operacionais aumentaram 15% em termos homólogos.

O Bank Millennium já tinha divulgado que “o nível estimado de provisões para riscos jurídicos relacionados com empréstimos hipotecários cambiais (em francos suíços) originados pelo banco no 1º trimestre de 2024 ascende a 507 milhões de zlótis (118,8 milhões de euros)”.

“Além disso, estima-se que sejam criadas provisões no valor de 41 milhões de zlótis [9,6 milhões de euros] (sem impacto nos lucros e perdas) contra o risco jurídico relacionado com a carteira de empréstimos originada pelo antigo Euro Bank”, acrescenta. Recorde-se que estas provisões são imputadas ao Société Générale, que era o dono do banco à data dos créditos.

Olhando para o qualidade da carteira de crédito, verifica-se que o rácio de crédito com imparidade (Stage 3) fixou-se em 4,6% que compara com 4,7% no ano anterior.

O custo do risco de 63 p.b. no primeiro trimestre de 2024 que compara com 63 p.b. no primeiro trimestre de 2023.

Em termos de capitalização o banco revela um “aumento expressivo dos rácios de capital que se fixaram em 18,0% no que respeita ao Rácio de Capital Total (TCR) e em 14,9% no que respeita ao rácio T1 comparando com 14,1% e 11,0%, respetivamente, no período homólogo”.

“Os rácios de capital situam-se assim acima dos requisitos regulamentares (P2R) de 12,21% e 9,85%, respetivamente”, acrescenta.

No balanço, o banco revela que há mais de três milhões de clientes ativos, um aumento de 122 mil face a março de 2023. Os depósitos de particulares aumentaram 16% face ao período homólogo,

Quando se olha para o rácio loans-to-deposits verifica-se que é de 65,3%.

Os empréstimos de particulares estáveis em termos homólogos (+6%, excluindo créditos denominados em moeda estrangeira).

A nova produção de cash loans no primeiro trimestre de 2024 de 1,5 mil milhões zlótis (346 milhões de euros), uma diminuição de 2% em termos homólogos e uma diminuição de 1% no trimestre.

Em março de 2024, a quota de mercado de nova produção de crédito à habitação situou-se 6,7% e a quota de mercado da nova produção de cash loans em 9,0%.

Nos clientes empresariais verifica-se uma redução de 6% do crédito a empresas, face ao mesmo período do ano passado; um aumento de 4% dos depósitos de empresas face ao período homólogo; uma redução de 11% do volume de negócio de factoring, em termos homólogos, e uma redução de 4% do volume de negócio de leasing em termos homólogo.

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