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Bankinter alcança lucros de 845 milhões. Portugal contribui com 166 milhões

Os lucros do grupo Bankinter cresceram mais de 50% em comparação com o período homólogo, apesar o impacto do novo imposto sobre o setor financeiro em Espanha.
25 Janeiro 2024, 07h49

O grupo Bankinter alcançou um resultado líquido de 844,8 milhões de euros em 2023, mais 50,8% face ao período homólogo, apesar do impacto do novo imposto sobre o setor financeiro em Espanha, que foi de 77 milhões de euros. Já o negócio em Portugal contribuiu com 166 milhões de euros para o resultado.

“O Grupo Bankinter conclui com sucesso 2023, tendo alcançado resultados recorrentes recorde na sua história, com todas as linhas de negócio a crescer a bom ritmo, o que permitiu à instituição continuar a aumentar a sua quota de mercado nos segmentos de clientes e nos países em que opera”, refere o banco num comunicado divulgado esta quinta-feira.

De acordo com a instituição financeira, a “evolução favorável das taxas de juro, o crescimento de volumes em todos os indicadores do balanço e uma gestão mais ativa do património dos clientes resultaram em crescimentos substanciais nas rubricas, assim como melhorias na rentabilidade e na eficiência”. A rentabilidade dos capitais próprios (ROE) fixou-se nos 17,1%, face a 12% há um ano.

Neste período, a margem de juros alcançou os 2.213,5 milhões de euros, o que representa um crescimento de 44% em relação ao final de 2022. A margem bruta, que engloba todas as receitas do grupo, atingiu um valor recorde de 2.660,5 milhões de euros, com um crescimento de 27,7%.

Por outro lado, as receitas de comissões cobradas pelos diversos serviços e atividades ascenderam a 817 milhões de euros, sendo 196 milhões de euros provenientes do negócio de gestão de ativos. As comissões líquidas (diferença entre as comissões cobradas e as comissões que o banco paga a terceiros) cresceram 3% para 624,3 milhões de euros.

A carteira de créditos a clientes alcançou os 76.885,7 milhões de euros, mais 3,6% face ao mesmo período do ano passado. Já os recursos de clientes cresceram 8,5% para 81.574,8 milhões de euros, com o volume dos recursos fora do balanço a aumentar 18,1%, até aos 43.937 milhões de euros, “graças à captação de novo negócio, assim como à transferência de outros produtos dentro do banco”.

O rácio de morosidade fixou-se nos 2,1%, subindo para 2,4% no caso de Espanha. Quanto aos rácios de capital, o CET1 fully loaded alcança os 12,3%.

Carteira de crédito cresce em Portugal

A operação em Portugal deu um contributo positivo para o resultado do grupo. “Considerando as várias geografias nas quais o banco opera, para além de Espanha, destaca-se Portugal, cujo contributo para a margem bruta do banco alcança já 10%, e que este ano superou as expectativas com um excelente resultado em todos os seus indicadores”, refere o Bankinter.

A carteira de crédito do Bankinter Portugal cresceu 16% para 9.200 milhões de euros, com 6.100 milhões a corresponder à banca comercial e os restantes à banca de empresas. O rácio de mora é de 1,3%. Nos recursos de clientes, registou-se um crescimento de 32% até aos 8.400 milhões de euros, enquanto os recursos geridos fora do balanço crescem 2% até aos 4.000 milhões de euros.

“A gestão desse balanço reflete-se na boa evolução que demonstram todas as rubricas da conta de resultados”, nota o grupo, indicando que a margem de juros cresceu 85%, a margem bruta cresceu 61% e a margem antes de provisões registou um incremento de 112%. “Tudo isto contribui para um resultado antes de impostos que dispara até aos 166 milhões de euros, 114% acima do valor registado há um ano”, conclui.

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