A bolsa de Lisboa seguiu a tendência das principais praças europeias, na medida em que o índice PSI contraiu 1,19%, até aos 6.739 pontos na sessão desta segunda-feira. O sentimento, no mercado nacional, foi penalizado sobretudo pela desvalorização superior a 4% no BCP.
O único banco que faz parte do PSI viu as respetivas ações caíram 4,15%, até aos 0,5308 euros, no mesmo dia em que deu a conhecer a antecipação do reembolso da emissão de obrigações que estava a apontar para 2030. Seguiram-se recuos na Mota-Engil, em 3,53% para 3,116 euros, assim como nos CTT, nos 2,57%, até aos 6,82 euros, ao passo que a Galp derrapou 2,39% e terminou nos 14,53 euros.
Por outro lado, a Sonae saltou 1,58% para 1,028 euros, ao mesmo tempo que a EDP Renováveis somou 1,46% e os títulos alcançaram os 8,35 euros.
No exterior, houve descidas de 1,71% na Alemanha, 1,34% em Espanha, 1,02% em Itália, 0,93% no Reino Unido e 0,90% em França, ao passo que o índice agregado Euro Stoxx 50 derrapou 1,59%.
No mercado de futuros, o Brent recua 0,98%, até aos 69,67 dólares por barril, ao mesmo tempo que o crude escorrega 0,89% e fica-se pelos 66,44 dólares.
“Segunda-feira negativa para as bolsas europeias, que até acordaram em alta, mas acabaram pressionadas durante a tarde pelas quedas que se registam em Wall Street, onde o Nasdaq 100 tomba mais de 3%”, assinala-se na análise do Departamento de Mercados Acionistas do Millenium Investment Banking.
“A incerteza económica global no meio da guerra de tarifas movida por Donald Trump está a levar os investidores a refugiarem-se em setores mais defensivos, com o tecnológico a ser o mais castigado”, em função do sentimento.
Ao mesmo tempo, as empresas “ligadas à indústria de semicondutores foram adicionalmente pressionadas pelos dados de receitas da TSMC nos primeiros dois meses do atual trimestre, que exigem uma aceleração no último mês para que o crescimento trimestral consiga chegar ao previsto”, causando um clima de receios nos mercados.
Por outro lado, o setor Automóvel europeu ficou “em bom plano”, já que BMW, Mercedes e Volkswagen registaram “ganhos expressivos, o que pode em parte justificar-se com alguma aversão à Tesla no atual momento, como forma de protesto pela ligação de Elon Musk ao Governo de Trump e que leva a um tombo das suas ações”, apontam os analistas.
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