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BCSD Portugal lança Guia Empresarial sobre Rastreabilidade na Cadeia de Valor

A publicação, disponível a partir desta quinta-feira, inclui exemplos reais de empresas, o contexto legislativo, as tecnologias aplicadas, os benefícios da adoção da rastreabilidade na cadeia de valor, bem como as etapas que as empresas devem seguir na sua implementação.
22 Fevereiro 2024, 15h58

O BCSD Portugal – Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável disponibiliza a partir desta quinta-feira o Guia Empresarial sobre Rastreabilidade na Cadeia de Valor – roteiro para a implementação”, desenvolvido por uma task-force integrada por 12 empresas do grupo de trabalho  “Cadeia de valor e Economia Circular” do BCSD Portugal. A saber:  Algebra Capital, APCER, Bondalti, Deloitte, Delta Cafés, Fidelidade, KPMG, Lipor, NTT Data, Grupo Procme, Sonae e Vinci Energies. 

O guia inclui exemplos reais de empresas, o contexto legislativo que enquadra a rastreabilidade na cadeia de valor, as principais tecnologias aplicadas à rastreabilidade, os benefícios da adoção da rastreabilidade na cadeia de valor e, ainda, as etapas que as empresas devem seguir para a implementação de um sistema de rastreabilidade.

“A rastreabilidade confere uma elevada visibilidade e transparência ao longo da cadeia de valor. Melhora a eficiência e otimiza as operações das empresas, mas também assegura o compliance regulamentar, aumenta a confiança dos clientes e outros stakeholders e promove a competitividade, tornando-se um instrumento essencial à gestão e à tomada de decisões”, afirma Filipa Pantaleão, secretária-geral do BCSD Portugal.

A rastreabilidade na cadeia de valor é uma ferramenta de apoio à gestão com diversas vantagens, elenca o BCSD: ajuda as empresas na eficiência dos processos internos; promove a sustentabilidade através da redução do impacte ambiental; viabiliza modelos de negócio circulares; melhora a sustentabilidade social, garantindo práticas laborais justas e condições de trabalho seguras em toda a cadeia de abastecimento; contribui para a satisfação e maior confiança dos clientes e do setor financeiro; e melhora a capacidade de adaptação da empresa às alterações regulamentares, permitindo às empresas tornarem-se mais sustentáveis e competitivas.

Soluções tecnológicas disponíveis –  como o Código QR, código de barras, tecnologia RFID, marca de água digital, tecnologia NFC ou etiquetas bluetooth – permitem registar informações
sobre os movimentos e produtos ao longo da cadeia de valor, desde a origem ao fim de vida, mas também monitorizar a sua reentrada num novo ciclo de utilização. Com potencial de utilização por vários sectores, estas soluções devem ser selecionadas avaliando o seu custo, a facilidade e rapidez de implementação, a possibilidade de armazenamento de dados, a sua durabilidade e a facilidade de utilização, além da compatibilidade com a infraestrutura de TI existente.

O BCSD refere em nota enviada às redações que o documento “aponta um caminho estruturado para a implementação bem-sucedida de um sistema de rastreabilidade que aumenta a transparência e a eficiência geral da cadeia de valor”, salientando a existência de vários obstáculos, como “complexidade de gestão de dados, limitações tecnológicas, questões de
interoperabilidade, envolvimento dos intervenientes e considerações de custos”.

Para cada etapa de implementação de um sistema de rastreabilidade que começa no diagnóstico da cadeia de valor, inclui o gap analysis (cruzamento do cenário atual com o cenário desejado), o desenvolvimento da estratégia e do plano de ação e a respetiva operacionalização são apresentadas recomendações que visam superar os desafios mencionados e garantir uma implementação eficiente e bem sucedida do sistema de rastreabilidade. A implementação não se esgota na tecnologia. Diz o BCSD que os processos e as pessoas são dimensões igualmente relevantes para o seu sucesso.

“É necessário definir uma visão quanto ao produto a ser rastreado, as informações a serem rastreadas e suas finalidades, bem como definir as competências e expertise necessárias da equipa e o relacionamento entre os stakeholders da cadeia de valor, entre outros fatores a considerar”, salienta.

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