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BdP revê crescimento em alta e corta inflação para este ano

O organismo liderado por Mário Centeno elogia as alterações que transformaram a economia nacional e a tornaram mais resistente, apontando a um crescimento de 2,7% este ano e uma queda da inflação para 5,2%.
16 Junho 2023, 11h07

O Banco de Portugal (BdP) atualizou esta sexta-feira as suas projeções macro para a economia portuguesa, estimando agora um crescimento de 2,7% este ano e uma redução da inflação para 5,2%. O organismo liderado por Mário Centeno elogia a melhoria do cenário económico em Portugal, identificando “riscos equilibrados” à projeção.

O Boletim Económico de junho revê em alta a expectativa para o crescimento este ano e no próximo, colocando o BdP como a instituição oficial mais otimista quanto à performance do PIB português. A expectativa é que a economia cresça 2,7% este ano, bastante mais do que os 1,8% antes previstos, e para 2024 a trajetória de convergência deve manter-se com 2,4%. Nas anteriores projeções, o próximo ano encerraria com 2% de avanço no PIB.

“A evolução favorável do mercado de trabalho, as medidas públicas de apoio ao rendimento das famílias e as maiores entradas de fundos europeus sobrepõem-se aos efeitos negativos da inflação ainda elevada e da maior restritividade da política monetária sobre a procura interna”, explica o banco.

No que respeita à inflação, esta cai mais do que antes previsto este ano, mas mantém-se mais elevado no horizonte temporal das projeções. O ano corrente deve fechar com 5,2%, menos do que os 5,5% estimados anteriormente, enquanto 2024 deve fechar com 3,3%, mais do que os 3,2% estimados em março.

“A economia portuguesa é, hoje, uma economia diferente, em resultado de alterações estruturantes”, lê-se na nota que acompanhou a divulgação do Boletim Económico. Em particular, o BdP elogia “o aumento das qualificações da população, a estabilidade financeira – refletida na redução do custo de financiamento e no aumento da poupança das empresas e famílias – e a alteração do tecido empresarial”, além da resistência do mercado laboral.

Os riscos são “equilibrados”, projeta o banco central. Se é verdade que as tensões geopolíticas podem levar a uma quebra ainda maior do crescimento, a dinâmica exportadora pode voltar a surpreender pela positiva, impulsionando a economia como um todo.

“A inflação pode ser afetada por novos choques sobre os preços das matérias-primas internacionais e uma maior persistência pode resultar da materialização de efeitos indiretos e de segunda ordem sobre os salários e as margens de lucro, ou de políticas pro-cíclicas que sustentem a procura”, acrescenta o banco.

[notícia em atualização]

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