Quando em 1202, o matemático italiano Leonardo Fibonacci descreveu aquela que ficou conhecida como a sequência de Fibonacci, dificilmente imaginaria o impacto que a sua descoberta viria a ter oito séculos depois, no ramo da pedagogia.
Na planície fria do reino da Dinamarca, o segundo país mais feliz do mundo, segundo o World Happiness Report 2024, há uma casa como aquelas que podemos construir com legos. O edifício é uma pilha de 21 módulos dispostos em degraus que encaixam uns nos outros e se interconectam por escadas, rampas e pontes. Foi o seu autor, o arquiteto Bjarke Ingels que, na inauguração em 2017, explicou que o design é inspirado no próprio “tijolo” da Lego, cujas dimensões obedecem ao conceito da proporção áurea de Fibonacci.
Estamos em Billund, uma localidade com sete mil habitantes, na Jutlândia. Aqui, tudo gira à volta dos legos. A mais recente “aquisição” é esta casa com 25 milhões de peças que proporcionam uma multiplicidade de experiências interativas de construção física e digital, programação de robôs e modelos de animação. Pode dizer-se que Billund é uma casa inacabada, um “work in progress” com base no conceito “Capital of Children” (Capital das Crianças), que visa fazer desta terra um lugar onde as crianças e a criatividade estão no centro das atenções e do processo de aprendizagem. O projeto junta instituições públicas e culturais e tem fortes vínculos à Lego Foundation.
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