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Black Friday: aumento do preço antes da promoção no topo das reclamações

Este ano, a semana do semana Black Friday levou ao registo de mais queixas dos consumidores. Aumento do preço antes da promoção, falta de stock no momento da compra e atraso de entrega lideram o topo da tabela das reclamações junto do Portal da Queixa. Marcas no setor da tecnologia como FNAC, Worten, Media Markt, bem como no comércio a retalho foram as marcas visadas.
  • REUTERS/Henry Romero
30 Novembro 2018, 18h06

No rescaldo da semana Black Friday 2018, o Portal da Queixa – que lançou uma plataforma online específica para a data – verificou que, face a 2017, os consumidores estão “mais conscientes” acerca do que representam as oportunidades na Black Friday. As queixas estão a aumentar. As situações que estão no topo da tabela das reclamações que foram registadas: aumento do preço antes da promoção, falta de stock no momento da compra e atraso de entrega. Marcas no setor da tecnologia, comércio a retalho foram as mais visadas.

“Face a 2017, o número de reclamações aumentou, tendo registado mais de 70 queixas (62 o ano passado)”, avança a maior rede social de consumidores do país, acrescentando que análise do Portal da Queixa revela que “portugueses procuraram confiança e transparência”.

Segundo este Portal, se em 2017, “a dificuldade de contacto e apoio com das marcas” era o principal motivo de reclamação dos consumidores, este ano, no topo da tabela estão motivos como o aumento do preço antes da promoção por forma a aplicar o desconto; a falta de stock no momento da compra; dificuldades de efetuar a compra com a promoção anunciada e atraso de entrega.

“Este ano verificou-se uma natural tendência no aumento de campanhas das marcas relacionadas com a Black Friday e, por isso, verificou-se igualmente um exponencial aumento na procura relativamente à oferta. Por conseguinte, registámos uma subida das reclamações relativas à BF em Portugal.”, explica Sónia Lage Lourenço, COO e Co-Founder do Portal da Queixa.

Esta responsável  sublinha que: “Este ano, a queixa referente à ‘falta de capacidade de contacto com a marca’ foi quase nula, dando lugar à reclamação por ‘variação do preço’.”

 

Marcas com mais reclamações

Entre as marcas com o maior número de reclamações registadas no Portal da Queixa, as mais visadas são no setor da tecnologia – FNAC, Worten, Media Markt, Rádio Popular e El Corte Inglês – (facto que resulta da elevada procura destes produtos em iniciativas como estas). Contudo,  adianta, no setor do comércio a retalho de vestuário e alimentação também foram um grande alvo de reclamações.

Segundo Sónia Lage Lourenço, “muitos consumidores relataram que alguns dos melhores descontos apresentados constituíram um chamariz, na medida em que na hora de os adquirir não estavam disponíveis por falta de stock ou dificuldade na aquisição dos mesmos.”

Quanto à plataforma www.blackfriday2018.pt – que ainda esteve online para a Cyber Monday -, o balanço do Portal da Queixa, diz, é positivo.

Considerando que a mensagem de confiança e transparência foi adotada por grande parte das marcas aderentes, Sónia Lage Lourenço realça que este ano verificou-se que os consumidores já “estão mais conscientes” acerca do que representam as oportunidades na Black Friday, face a 2017, que foi o primeiro ano de grande impacto e as dúvidas eram muitas.

A responsável do Portal da Queixa avança que ”devido a más práticas de algumas marcas, nos anos anteriores, os consumidores procuraram, este ano, confiança e transparência, para que as suas compras fossem efetuadas com segurança e que representassem uma real vantagem de desconto”.

Por essa razão, explica, as 247 marcas que quiseram estar presentes, na plataforma Blackfriday2018.pt, demonstraram essa disponibilidade para o contacto imediato, por forma a garantirem uma maior proximidade e confiança na hora de comprar.

“O balanço é realmente otimista e é realçado pela atitude positiva, que as marcas quiseram demonstrar aos seus consumidores. Não há dúvida que a reputação online está a mudar o paradigma de consumo em Portugal e, cada vez mais, as grandes marcas necessitam de estar onde estão os consumidores”, conclui.

O Portal da Queixa regista uma média de 10 mil reclamações mensais, contando com um universo de 290 mil utilizadores registados ( de 10.000 novos /mês) e três milhões de páginas visitas/mês.  E está no Top 300 dos sites mais acedidos em Portugal (ranking Alexa) com um total de  235 mil reclamações recebidas desde 2009 .

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