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Black Friday: Portugueses vão gastar 330 euros, menos do que no ano passado

Cerca de “90% dos portugueses afirmam que vão fazer compras durante a Black Friday, sobretudo entre a faixa etária dos 25 aos 34 anos, com a tecnologia a dominar as compras, revela estudo.
Reuters / Bobby Yip
28 Outubro 2024, 13h45

Falta um mês para a Black Friday mas muito portugueses já fazem o planeamento para um dos dias mais fortes de compras do ano. Um estudo da NetSonda, empresa de estudos de mercado, estima que haja uma quebra de 8% nos gastos dos consumidores portugueses com a Black Friday para os 330 euros. Contudo, 31% esperam gastar mais.

Cerca de “90% dos portugueses afirmam que vão fazer compras durante a Black Friday, sobretudo entre a faixa etária dos 25 aos 34 anos. No que respeita às categorias com maior intenção de compra, destaca-se a tecnologia (54%), seguida de moda e acessórios (38%), eletrodomésticos (36%) e livros (33%)”, refere o estudo.

O VP General Manager da Webloyalty Ibéria & Brasil, Eduardo Esparza, considerou que esta é uma “tendência que se tem vindo a repetir” nos últimos anos porque os consumidores “aproveitam para adquirir produtos de valor elevado a um melhor preço”.

Eduardo Esparza disse que para além disso o canal online “integrou-se” nos hábitos de consumo e cada vez mais portugueses “recorrem a esta via para evitar filas e multidões, para contornar a dificuldade que, por vezes, pode representar encontrar produtos específicos em lojas físicas, para simplificar a comparação de preços em diferentes lojas ou mesmo para encontrar novas formas de poupar adicionando descontos extra com soluções como o cashback oferecido, por exemplo, por programas como o Compra e Poupa”.

Uma das características das campanhas da Black Friday e da Cyber Monday (29 de novembro a 2 de dezembro) passa pelo disparo no abandono dos carrinhos de compras.

“Embora a taxa de abandono habitual seja de cerca de 50%, durante a campanha da Black Friday dispara para 81%”, salienta a Forrester Research.

A Webloyalty considera que podem existir várias razões para o abandono do carrinho: “Por um lado, a exaustiva comparação de preços devido ao grande número de ofertas disponíveis; encontrar problemas de pagamento, com processos longos, múltiplos cliques ou mesmo falta de opções de métodos de pagamento e erros do sistema; custos de envio elevados; prazos de entrega longos; e falta de informação, que cria uma sensação de insegurança e abandono do carrinho”, salienta a Webloyalty.

A mesma instituição considera que para reduzir estas taxas de abandono podem ser aplicadas várias soluções tais como: “otimizar o processo de finalização da encomenda, eliminando etapas desnecessárias; oferecer diferentes métodos de entrega e fórmulas de pagamento; aplicar estratégias de recuperação do carrinho através de mensagens personalizadas; ter um serviço de apoio ao cliente simples e disponível; e a personalização da experiência de compra através da recomendação de produtos que satisfaçam as necessidades do consumidor”.

O inquérito Black Friday 2023: Consumers Widen Their Search for Holiday Bergains indica que sete em cada dez consumidores referem que a publicidade, os influencers e os meios de comunicação desempenharam um “papel importante” nas suas decisões de compra durante a Black Friday e a Cyber Monday.

“O retail media apresenta-se como uma solução estratégica para que os retalhistas possam focar as suas ações de forma precisa e direta, impactando os consumidores com aquilo que realmente querem e precisam comprar, compensando as perdas derivadas dos descontos agressivos e das elevadas taxas de abandono dos carrinhos de compras. Através dos diferentes canais, os retalhistas podem oferecer informação sobre os seus produtos ou serviços, segmentada e orientada para um público mais recetivo do que noutras alturas do ano”, disse Eduardo Esparza.

Eduardo Esparza acrescenta que os retalhistas têm uma “oportunidade única” na Black Friday de captar novos clientes.

“Para isso, devem preparar-se com antecedência para a campanha, para serem capazes de atender, com sucesso, o possível aumento de tráfego e vendas previsto para esta altura. Além disso, é importante que realizem ações que lhes permitam ser os primeiros a captar a atenção dos consumidores, bem como segmentar os clientes para oferecer a cada um a “oferta” mais adequada”, disse Eduardo Esparza.

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