O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Lammy, anunciou hoje que se deslocará esta semana a Kiev com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, para manifestar o seu apoio à Ucrânia.
Numa conferência de imprensa após um encontro bilateral em Londres, Lammy salientou que esta é “a primeira visita conjunta deste género em mais de uma década”.
“Somos os aliados mais próximos, por isso estou muito satisfeito por viajarmos juntos, demonstrando o nosso compromisso com a Ucrânia”, afirmou o chefe da diplomacia britânica.
Blinken acrescentou que “este é um momento crítico” para a antiga república soviética, “no meio de uma intenso período de combates neste outono, com a Rússia a intensificar a escalada”.
“Vemos (Moscovo) a aumentar os seus ataques contra as cidades, contra as pessoas, visando em particular as infraestruturas energéticas, a eletricidade, tudo isto antes dos meses mais frios”, afirmou.
Os líderes também garantiram que os seus governos estão “totalmente alinhados na necessidade de alcançar um cessar-fogo” em Gaza.
A visita de Blinken acontece na véspera do encontro do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, com o Presidente Joe Biden na sexta-feira, na Casa Branca em Washington, com quem, para além da Ucrânia, irá discutir a guerra na Faixa de Gaza.
Embora as políticas dos dois países tenham estado alinhadas desde o ataque do Hamas em Israel, em 07 de outubro de 2023, este mês Londres demarcou-se, anunciando um embargo parcial à exportação de armas para o Estado judaico.
Em consequência, 30 das 350 licenças de exportação – menos de 1% do total de armas que Telavive recebe – foram suspensas, com o argumento de que o equipamento poderia ser utilizado no conflito em violação do direito internacional.
A imprensa britânica noticiou que houve descontentamento na Casa Branca relativamente a esta decisão, o que Londres desmentiu, afirmando que Washington compreende que os sistemas jurídicos são diferentes nos respectivos países.
Lammy e Blinken lançaram oficialmente em Londres o Diálogo Estratégico entre o Reino Unido e os Estados Unidos, um evento anual destinado a reforçar a colaboração bilateral.
O ministro britânico sublinhou a importância de os dois países se manterem estreitamente alinhados num mundo “cada vez mais volátil e inseguro”, para que possam enfrentar o futuro “em unidade e com confiança”.
Os dois sublinharam a importância da “relação especial” ou “relação essencial”, como lhe chamou Blinken, e a unidade em questões como a guerra da Ucrânia contra a Rússia e o conflito no Médio Oriente.
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