A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, revelou, esta quarta-feira, a preocupação do partido quanto às moratórias que terminam em março e pediu que o prazo fosse estendido até setembro.
As declarações de Catarina Martins foram proferidas durante conferência de imprensa, depois de se reunir com o Presidente da República para falar sobre a renovação do estado de emergência. “Estamos muito preocupados com as moratórias. Na verdade, na falta de apoios económicos e sociais, o Governo acabou por empurrar as famílias e as empresas para as moratórias”, explicou Catarina Martins recordando que “neste momento uma parte das moratórias acaba já na próxima quarta-feira, dia 31 de março”.
Catarina Martins contou que expôs a posição do partido nesta matéria ao Executivo de António Costa, mas o Governo garantiu que “seria residual a percentagem de moratórias que acabavam em março”. O BE rejeita essa ideia e assegura que “um terço do crédito empresarial está em moratória, grande parte nos sectores mais afetados, mais vulneráveis e uma em cada cinco famílias tem uma moratória que acaba no final deste mês”. A líder do BE considerou o fim das moratórias como uma “bomba relógio de crédito mal parado” e referiu ser essencial proteger as famílias, mas também as empresas.
Outra preocupação do BE prende-se com os apoios sociais e económicos, nomeadamente “sobre medidas que o parlamento aprovou e que estão agora a guardar promulgação pelo Presidente da República sobre apoios à família e também sobre apoios aos recibos verdes”. Além da falta de aprovação de medidas da parte de Marcelo, o BE sublinha ainda os critérios de acesso aos apoios que excluem “muitos dos beneficiários”.
Quanto à renovação do estado de emergência, a que o BE tem se abstido, Catarina Martins revelou a expectativa de que “idealmente este seja o último estado de emergência pelo menos nesta fase”. “Não tem sentido que o estado de emergência se prolongue indefinidamente até porque o estado de emergência é o sinal vermelho de que nos precisamos quando há uma necessidade de recuo nas medidas”, assegurou a bloquista.
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