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Bolsa de Lisboa fecha em queda e acompanha Europa. EDP volta a cair

Menos confiança afeta bolsas europeias e Lisboa não foi exceção. Por cá a EDP continua a destacar-se pela negativa, fruto das notícias de que tem sido alvo sobre o processo judicial das rendas excessivas.
14 Julho 2020, 17h44

O PSI-20 fechou a sessão em queda de 0,51% para 4.450,1 pontos. Mais uma vez foi a EDP que puxou a cotação do índice da bolsa para baixo.

Hoje a EDP perdeu -1,63% para 4,35 euros. Já a Renováveis caiu -0,73% para 13,60 euros.

“A EDP e EDPR apresentam quedas depois de a Energia de Portugal ter antecipado o encerramento de centrais a carvão em Portugal e Espanha estimando o custo extraordinário de 100 milhões em 2020”, refere Ramiro Loureiro, Analista de Mercados do Millennium investment banking, na sua análise.

A REN também tombou -1,00% para 2,475 euros. Destaque também para o BCP que perdeu -0,92% para 0,1074 euros.

A Sonae Capital, por sua vez, recuou -1,57% para 0,5020 euros.

A excepção às quedas foram só quatro. Destaque para a Galp que valorizou +0,71% para 10,58 euros. A Altri também foi excepção e ganhou +0,65% para 4,33 euros. As outras duas que fecharam no verde foram a Corticeira Amorim e a a Novabase.

A Europa fechou em terreno negativo, com excepção de Londres que avançou ligeiramente (+0,06%) para 6.179,75 pontos.

“Menos confiança afeta bolsas em dia de arranque de época de resultados em Wall Street”, diz o analista do BCP, Ramiro Loureiro.

As principais bolsas europeias fecharam em baixa com o encerramento de restaurantes, bares e teatros indoor no estado da Califórnia a gerar alguma preocupação aos investidores de que os Estados mais afetados possam começar a reverter as fases de reabertura da economia, explica o analista de mercados do Millennium BCP.

Ramiro Loureiro destaca também para o aumento das tensões entre os EUA e a China, após o governo de Donald Trump ter rejeitado as reivindicações marítimas da China no Mar da China Meridional, revertendo assim uma política anterior de não tomar partido nas disputas.

O EuroStoxx 50 caiu -0,85% para 3.321,4 pontos. O CAC fechou a descer -0,96% para 3.861,3 pontos e o DAX recuou -0,80% para 12.697,4 pontos. Igual performance tiveram as bolsas de Itália e Espanha, o FTSE MIB caiu -0,62% para 19.879,75 pontos e o IBEX perdeu -1,01% para 7.352 pontos.

No plano macroeconómico foi revelado que a produção industrial no Reino Unido contraiu menos do que o esperado em maio. Na Zona Euro os dados de produção industrial de maio mostraram uma melhoria mais subtil que o previsto e o indicador ZEW mostrou uma degradação das expectativas dos analistas e investidores para os próximos 6 meses em julho.

Ao nível da produção industrial na Zona Euro houve um aumento de 12,4% face ao mês anterior e que surge depois de uma queda sequencial de 18,2% em abril. Em termos homólogos houve uma contração de 20,9%, menos agravada que os 28,7% de queda em abril, ainda que tenha sido um pouco mais acentuada que o antecipado pelos analistas (esperavam descida de 18,9%).

O Índice de Produção Industrial do Eurostat revelou ainda que em maio de 2020, a produção no Sector Industrial aumentou 2,3% em Portugal e 11,4% na UE a 27, face ao mês anterior.

Comparando com o mês anterior e entre os Estados-Membros para os quais existem dados disponíveis para maio de 2020, as maiores diminuições foram registados na Irlanda (-9,8%), Croácia (-3,5%) e Finlândia (-1,3%). Os maiores aumentos ocorreram na Itália (42,1%), França (20,0%) e Eslováquia (19,6%).

Em termos homólogos, a produção industrial diminuiu 20,9% na Zona Euro e 20,5% na UE a 27, em maio de 2020. Portugal registou uma diminuição de 26,1%, após ter registado uma diminuição de 28,0% no mês anterior.

No que toca, ao indicador ZEW para a Alemanha, as expectativas dos analistas e investidores para os próximos 6 meses pioraram em julho, com o valor de leitura a passar de 63,4 para 59,3 (estimava-se 60)

O indicador que mede a confiança na situação atual melhorou, de -83,1 para -80,9, mas menos que o esperado (-65).

Por sua vez o Zew Survey para a Zona Euro passou de 58,6 para 59,6.

Já as que as exportações e as importações na China cresceram de forma surpreendente no mês de junho.

Aumentaram 0,5% em junho em termos homólogos, quando o mercado antecipava uma queda de 2%. Por sua vez as importações cresceram 2,7%, quando os analistas esperavam uma queda de 9%).

O petróleo está a subir nos mercados internacionais. O Brent em Londres avança +0,77% para 43,05 dólares.

O euro sobe +0,54% para 1,1405 dólares.

Já as obrigações alemãs a 10 anos caem -2,9 pontos base para -0,45%. A dívida portuguesa cai nos mercados secundários -3,54 pontos para 0,41% e a espanhola recua -3,46 pontos para 0,40%.

 

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