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Bolsonaro confessa que tenciona regressar ao poder com apoio de Trump

Embora esteja proibido de se candidatar a cargos públicos até 2030 e enfrente acusações de tentativas de golpe de Estado, Bolsonaro declarou em entrevista ao The Wall Street Journal que a eleição de Trump “mudou o jogo”, referindo-se ao seu futuro e dos políticos de direita na América Latina.
29 Novembro 2024, 18h26

O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro está determinado a retornar ao poder e vê uma oportunidade nas eleições nos Estados Unidos, apostando no apoio do aliado Donald Trump. Bolsonaro acredita que Trump poderá auxiliá-lo através de sanções económicas contra o governo do atual presidente Lula da Silva.

Embora esteja proibido de se candidatar a cargos públicos até 2030 e enfrente acusações criminais relacionadas a supostas tentativas de golpe, Bolsonaro declarou em entrevista ao The Wall Street Journal que a eleição de Trump representa “mudou o jogo”, referindo-se ao seu futuro e dos políticos de direita na América Latina.

Bolsonaro destacou que os partidos de esquerda têm dominado recentemente as eleições presidenciais no México e no Uruguai, assim como governam muitos dos principais países latinos. “Trump está de volta, e isso é um sinal de que nós também voltaremos”, afirmou.

Confidenciou também que mantêm contacto com o novo governo dos EUA desde a eleição de 5 de novembro e que “torceu” pelo triunfo de Trump. “É hora do MAAGA – Make All Americas Great Again”, acrescentou, fazendo uma referência ao lema de campanha de Trump (MAGA – Make America Great Again) e mostrando um livro que Trump lhe deu, assinado com a mensagem de que Bolsonaro é “fantástico”.

Apesar da proibição quanto a uma futura candidatura, Bolsonaro planeia registar a sua intenção antes das eleições de 2026, contando com a pressão de Trump sobre os juízes brasileiros para que a decisão de 2023, que o impede de concorrer, seja adiada.

“Contanto que o tribunal eleitoral não recuse o meu registo, ele é válido”, afirmou. “Eles podem simplesmente adiar o máximo possível, até à eleição acabar.”

Quando questionado sobre as possíveis sanções dos EUA com Trump, Bolsonaro mencionou as sanções de petróleo aplicadas à Venezuela, enfatizando que Trump também se preocupa com a situação daquele país, tendo discutido a forma de restaurar a democracia na Venezuela.

 

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