O petróleo superou a soja como o principal produto de exportação do Brasil em receita e deverá fechar o ano na liderança pela primeira vez, segundo o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP).
O presidente do IBP, Roberto Ardenghy, destacou que, além do aumento da produção, a crescente procura pelo petróleo brasileiro, que emite menos CO2 que o de outros países, está a impulsionar essa mudança.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gá, a intensidade de carbono média da produção de petróleo no Brasil é inferior a 20 kg de CO2 por barril de óleo equivalente. Em comparação, o Canadá emite quase 45 kg de CO2, a Líbia 35 kg e a Nigéria 30 kg. Essa menor intensidade de carbono torna o petróleo brasileiro uma opção mais atrativa no contexto global de descarbonização.
Até novembro, o Brasil exportou um recorde de 85,45 milhões de toneladas de petróleo, o que representa um aumento de 14,4% em relação ao ano anterior. Em contrapartida, os embarques de soja caíram 1,3% devido a uma quebra de safra, e os preços de exportação da oleaginosa desceram quase 17% este ano.
Assim, a receita de exportação de petróleo atingiu 42,76 mil milhões de dólares, superando os 42,08 mil milhões da soja.
Ardenghy projeta que a produção nacional de petróleo crescerá mais de 10% em 2024, alcançando mais de 4 milhões de barris por dia.
O Brasil, atualmente o sétimo maior produtor de petróleo do mundo, pode posicionar-se entre os cinco maiores nos próximos anos, à medida que a procura global por petróleo continua a aumentar.
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