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Brasil tem grande potencial para exportar mais peixe para a China

“O Brasil tem alimentos de origem aquática, desde a água salgada até a água doce, de climas frios a climas mais tropicais, além de pescados da nossa região amazónica, que são iguarias no nosso país e que poderiam ser muito bem apreciados aqui”, referiu o assessor do ministro da Pesca e Aquicultura do Brasil em Macau.
18 Junho 2025, 19h23

Um assessor do ministro da Pesca e Aquicultura do Brasil disse hoje que o país tem um enorme potencial para exportar mais peixe e outros produtos aquáticos para o mercado chinês.

“Existe muito, muito potencial no Brasil, uma capacidade de produzir alimentos de origem aquática de forma sustentável e a capacidade de exportar é imensa”, defendeu Carlos Mello, em Macau.

“O Brasil tem alimentos de origem aquática, desde a água salgada até a água doce, de climas frios a climas mais tropicais, além de pescados da nossa região amazónica, que são iguarias no nosso país e que poderiam ser muito bem apreciados aqui”, referiu o assessor do ministro André de Paula.

“A capacidade do Brasil e o potencial para exportar para a China é sensacional”, defendeu Carlos Mello.

No final de abril, os dois países assinaram um acordo que abriu o mercado chinês ao peixe e marisco natural e selvagem pescado no Brasil, após negociações que decorriam desde 2016.

Mello falava à margem do encerramento de um colóquio sobre economia azul, organizado pelo Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum de Macau).

O assessor disse que a atividade, que reuniu dirigentes governamentais durante duas semanas, demonstrou que os nove estados lusófonos têm “muita força para colaborar, especialmente com a China”, que desde 2009 é o principal parceiro comercial brasileiro.

O Brasil “pode aprender em termos de desenvolvimento tecnológico, de superar desafios como a de geografia, uma população muito extensa e estratégias para segurança alimentar”, referiu o especialista em aquicultura.

Mello deu como exemplo a inteligência artificial (IA), que pode ajudar em sistemas “de precisão” para o cultivo de organismos aquáticos, para consumo humano ou de animais.

A IA pode apoiar a tomada de decisões ao processar dados “que levariam muito tempo para pessoas fazerem”, resultando “em maior produtividade”, explicou o assessor.

No discurso de encerramento do colóquio, o secretário-geral do Fórum de Macau lembrou o destaque que a China tem alcançado em “tecnologia, aquicultura, construção de cadeias industriais e acesso a mercados”.

Ji Xianzheng destacou o potencial para cooperação com os estados lusófonos, que “possuem ricos recursos marítimos e grande potencial no setor pesqueiro”.

Também Carlos Mello falou de “uma possibilidade muito forte” de que o colóquio “possa gerar frutos no futuro”, em termos de projetos de cooperação entre os países de língua portuguesa e a China.

Os representantes lusófonos estiveram, entre 13 e 15 de junho, na Exposição Internacional de Pescas e Marisco da China, em Fuzhou, capital da província de Fujian, no sudeste do país.

Segundo um comunicado do Fórum de Macau, o vice-presidente da autarquia de Fuzhou, Liang Dong, expressou o desejo de que empresas locais possam trabalhar com os países de língua portuguesa para “construir bases industriais de pesca”.

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