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Bruxelas resiste a Trump e mantém recusa aos alimentos transgénicos

Há uma luta entre grupos de pressão e líderes europeus no setor alimentar. Se Trump e os lóbis americanos pressionam Bruxelas para abrir o mercado a mais produtos transgénicos, o lóbi da agricultura biológica está a bloquear a aprovação das novas técnicas genómicas na União Europeia. Apesar deste braço de ferro, a agricultura europeia não cede às ameaças norte-americanas.
15 Fevereiro 2025, 21h00

A União Europeia voltou a namorar o gás russo de Putin, está disposta a reduzir a burocracia para lidar com os desafios da inteligência artificial e até aceita equilibrar o défice da balança comercial com os EUA. Mas há um bastião impossível de negociar: abrir a porta a mais transgénicos americanos em território europeu.

“Neste momento, há um reforço da posição da agricultura dentro das instituições europeias. O setor agrícola já não funciona como moeda de troca para a importação de produtos agroalimentares que não respeitem as nossas regras, o nosso modo de produção e as nossas exigências ambientais. Estamos muito mais fortalecidos”, diz Paulo Nascimento Cabral, eurodeputado e membro da Comissão da Agricultura e do Desenvolvimento Rural do Parlamento Europeu, ao Jornal Económico.

Numa altura em que Trump ameaça impor taxas aduaneiras sobre produtos europeus, as reuniões entre líderes e grupos de pressão multiplicam-se à porta fechada. A poderosa federação agrícola dos EUA, a American Farm Bureau, está a pressionar a União Europeia para aceitar mais produtos transgénicos no mercado europeu. Consideram que os organismos geneticamente modificados (OGM) podem aumentar a produtividade e reduzir os custos para os agricultores.

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