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Cabo Verde começa a implementar controlo biométrico nas fronteiras aéreas

O anúncio foi feito pelo Ministério da Administração Interna (MAI) cabo-verdiano, indicando que nesta fase experimental poderão utilizar os acessos ‘eGates’ os cidadãos nacionais titulares de passaporte eletrónico cabo-verdiano, maiores de 12 anos.
20 Novembro 2020, 17h44

O aeroporto internacional da Praia começou esta sexta-feira a receber a fase experimental da implementação do processo de controlo biométrico automatizado nas fronteiras aéreas (‘eGates’), que passa a estar disponível para utilização dos passageiros que desembarcam em Cabo Verde.

O anúncio foi feito pelo Ministério da Administração Interna (MAI) cabo-verdiano, indicando que nesta fase experimental poderão utilizar os acessos ‘eGates’ os cidadãos nacionais titulares de passaporte eletrónico cabo-verdiano, maiores de 12 anos.

“Brevemente este serviço passará a estar igualmente disponível para cidadãos de um conjunto de países, com passaporte eletrónico, que desembarquem em Cabo Verde com pré-registo válido, efetuado na plataforma ‘online’ www.ease.gov.cv.”, acrescentou a mesma fonte.

Para o Governo cabo-verdiano, a introdução do controlo fronteiriço automatizado representa um importante reforço dos critérios de segurança fronteiriça e uma melhoria dos padrões de eficiência e eficácia das Unidades de Fronteira.

“Com a implementação dos ‘eGates’, a confirmação do reconhecimento da biometria facial passa a constituir mais um elemento de análise no processo de controlo fronteiriço, a par da verificação das demais condições de entrada no país, da validação da autenticidade do passaporte e dos dados do passageiro, da verificação de inexistência de medidas cautelares ou outras interdições legais e, especificamente no caso de cidadãos estrangeiros não residentes, da confirmação das informações prestadas no ato do pré-registo”, prosseguiu o MAI.

A par da elevação do nível de segurança, o executivo considera ainda que os ‘eGates’ terão também um impacto direto e positivo na redução do tempo de espera dos passageiros (média de 10 segundos por pessoa).

A medida também vai minimizar a aglomeração de pessoas e outros constrangimentos à entrada do país, contribuindo assim para a valorização de Cabo Verde enquanto país e destino turístico seguros.

O ministério referiu ainda que o período experimental no aeroporto internacional da Praia terá a duração de um mês e que decorre o processo de instalação de ‘eGates’ nos restantes aeroportos internacionais do país.

Cabo Verde suspendeu as ligações internacionais em 18 de março, por causa das restrições impostas pela covid-19, e em 12 de outubro voltou a autorizar voos regulares comerciais de passageiros, mas ainda sem o regresso da oferta turística dos grandes operadores, que promoviam o destino de sol e praia do arquipélago.

O turismo garante 25% do Produto Interno Bruto do país e atingiu um recorde de 819 mil turistas em 2019.

Em outubro, os aeroportos cabo-verdianos movimentaram mais de 22.800 passageiros, mantendo a recuperação mensal após a paragem quase total até julho, mas já perderam um milhão e meio de passageiros em 2020, segundo dados do boletim de tráfego da empresa pública Aeroportos e Segurança Aérea.

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