Cabo Verde vai lançar uma plataforma digital interativa para celebrar os 50 anos da independência envolvendo o público e com depoimentos e arquivos históricos, num programa de atividades que arranca em abril e vai até dezembro, foi hoje anunciado.
“A plataforma digital vai permitir divulgar a programação, recolher testemunhos e disponibilizar imagens, documentos e vídeos históricos ao público”, afirmou o secretário executivo da Comissão Nacional Organizadora das Comemorações do 50.º Aniversário da Independência Nacional, António Lopes da Silva, durante a apresentação do plano de atividades.
A ferramenta está a ser desenvolvida pelo Núcleo Operacional para a Sociedade de Informação (NOSI) e pretende dar aos jovens a oportunidade de apresentarem sugestões para o programa oficial.
“Queremos um plano inclusivo, com forte participação das instituições públicas, mas também da sociedade civil, em especial da juventude. Teremos iniciativas na área da educação e uma aposta nas novas tecnologias, porque queremos ouvir o que os jovens pensam sobre os 50 anos e o futuro de Cabo Verde. São eles que vão construí-lo” explicou.
As celebrações começam simbolicamente a 25 de abril, data da Revolução dos Cravos em Portugal, e visam reforçar o sentimento de identidade e pertença, a unidade nacional e o compromisso coletivo com o futuro.
O programa será estruturado em três eixos – memória e identidade, desenvolvimento e conquistas, futuro e inovação – e contempla conferências, exposições, publicações, espetáculos culturais, concursos e atividades cívicas.
A abertura oficial acontece na ilha de São Vicente, com um evento solene e mensagens institucionais sobre o significado da data.
A 05 de julho, a cidade da Praia acolhe uma sessão especial no parlamento, com discursos e homenagens a figuras históricas ligadas à independência, democracia e progresso do país.
Está também prevista uma campanha nacional dirigida à juventude, intitulada `o futuro é agora, o futuro és tu´, que pretende valorizar os jovens como protagonistas do desenvolvimento.
No estrangeiro, o programa inclui festivais culturais com forte presença da diáspora, residências artísticas, feiras de gastronomia e artesanato, além de debates sobre o papel cultural das comunidades cabo-verdianas no exterior.
O encerramento terá lugar nos Espargos, na ilha do Sal, com um fórum internacional de reflexão sobre os 50 anos da independência, reunindo especialistas, governantes, representantes da sociedade civil e da diáspora, num evento presencial e online.
Está ainda prevista a publicação de um documento síntese com propostas para o futuro do país e uma gala de encerramento com homenagens e o lançamento de um projeto simbólico de legado nacional.
A comissão organizadora integra, entre outros, o Presidente da República, José Maria Neves, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, e o presidente da Assembleia Nacional, Austelino Correia.
Estudiosos e representantes da diáspora sugeriram ainda iniciativas como a publicação de um livro, a realização de um filme e a preservação de arquivos que retratem a história e a identidade de Cabo Verde.
O país conquistou a independência de Portugal a 05 de julho de 1975, na sequência da queda do regime do Estado Novo, a 25 de abril de 1974, que pôs fim ao domínio colonial ultramarino.
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