O preço do café de variedade arábica, que possui 60% da produção mundial, subiu 7% na passada segunda-feira, constituindo um dos maiores aumentos do ano. A causa para este aumento deveu-se às geadas que afetaram o sul do Brasil e destas terem ameaçado a produção no fim-de-semana.
De acordo com o “El Economista“, não existem registos de estragos devido às baixas temperaturas até ao momento, mas a ameaça de fracas colheitas deixou os mercados em alerta.
O presidente da Cazarino Trading, Thiago Cazarini, citado pela “Bloomberg”, disse que a “possibilidade mínima de geada em algumas partes foi suficiente para levantar novos receios sobre a oferta”.
O Brasil é responsável pela produção de 35% de todo o café mundial, fazendo com que qualquer perturbação na produção afete a oferta a nível mundial. A isto junta-se também os problemas que já existiram na produção de café no Vietname, um país que produz 40% do café de variedade robusta, devido ao clima.
Todos estes problemas a nível do clima levaram a que a produção caísse para o nível mais baixo dos últimos 13 anos e o preço mais elevado dos mesmos 13 anos, um nível ao qual se soma a elevada inflação e o aumento dos custos dos transportes, devido aos constrangimentos que têm existido no Mar Vermelho.
Estima-se que o Vietname seja responsável pela produção de 1,5 milhões de toneladas métricas da variedade robusta, enquanto o Brasil produz 2,7 milhões de toneladas.
Só este ano, o mercado do café já viu um aumento de 28% nos preços, superando valores alcançados em 2011. Posto todos estes indicadores, é expectável que os portugueses vejam um aumento no preço do café nos próximos tempos.
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