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Caixa Negra – Diogo Cavaleiro: As histórias da CGD

O livro “Caixa Negra”, do jornalista Diogo Cavaleiro, é de leitura obrigatória para (tentar) compreender mais sobre a teia de poder que envolve o banco do Estado.
7 Julho 2017, 11h00

No livro, o jornalista explica a história mais recente daquele que é o maior banco português, das suas aventuras e desventuras e do papel que teve como ferramenta de poder. Mergulhar nesta investigação é entrar pela imponente e labiríntica entrada da sede na Avenida João XXI, em Lisboa, para chegar ao percurso da Caixa Geral de Depósitos como instrumento político da arquitectura de negócios nacionais de vários governos.

A tentação de usar a CGD como “Fundo Soberano” do Estado português contagiou vários executivos.

“Este livro tenta fazer um percurso dos últimos anos de vida da Caixa e da influência que teve no país”, revela Diogo Cavaleiro. “Procurei fazer uma compilação dos vários negócios onde a CGD esteve envolvida desde 2000, e também da envolvente política que foi ditando a gestão do banco”, explica.

Fala do uso da CGD na nacionalização do BPN; conta a história do papel da Caixa na definição acionista da ZON; do papel da CGD na defesa da OPA à Cimpor; na decisão de financiar a espanhola La Seda, que acabou insolvente; do envolvimento na compra da Compal; entre outras. Cavaleiro contra também a rota daquilo a que apelida de “fantasma da privatização” sempre pairou sobre um banco cujo percurso se mistura com a história de Portugal e tantas vezes foi utilizado como “arma de arremesso político”, que “ditou o fim de alguns poderes e ajudou a construir novos”.

É um retrato da CGD e da sua influência nos últimos 17 anos e como o banco público deixou de ser um império, imperativo de ler durante este verão.

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