PS e a coligação PSD/CDS preveem gastar cada um cerca de 2,5 milhões de euros na campanha eleitoral para as eleições de 18 de maio, mas a forma como cada força utilizará esse orçamento é distinta. Luís Montenegro, recandidato a primeiro-ministro e líder da coligação Aliança Democrática (AD), vai investir um milhão em estudos de mercado e agências de comunicação, área na qual o líder socialista Pedro Nuno Santos conta despender menos – 600 mil euros.
Já no que toca à propaganda, comunicação impressa e digital, o PS vai gastar o dobro da AD. De acordo com os dados enviados pelos partidos ao Tribunal Constitucional, neste item os socialistas, cujo orçamento total da campanha é de 2,25 milhões, preveem desembolsar 420 mil euros e os social-democratas apenas 200 mil euros. A diferença na estratégia é notória também no que toca aos famosos brindes: os socialistas dedicam-lhe 180 mil euros do orçamento, ao passo que a AD de Montenegro espera gastar só 77 mil euros.
Segundo a informação disponibilizada, as duas principais forças políticas vão gastar valores semelhantes em cartazes – a AD 250 mil euros e o PS 300 mil. Em comícios e espetáculos, os socialistas vão investir 650 mil euros e Luís Montenegro 500 mil. Já em custos administrativos, os social-democratas antecipam gastar 500 mil euros e os socialistas apenas 100 mil.
Chega é o que mais gasta em cartazes e brindes
Analisados os dados fornecidos ao TC, o Chega é o partido que mais conta gastar em cartazes e em brindes nesta campanha eleitoral, superando mesmo o orçamento previsto pelas duas maiores forças. De um total de 1,6 milhões, André Ventura prevê desembolsar 500 mil em outdoors e 250 mil euros em ofertas para convencer o eleitorado.
Com um orçamento total a chegar aos 575 mil euros, a quarta força política, a Iniciativa Liberal, prevê dedicar 125 mil em cartazes, 120 mil em comícios, 110 em propaganda e 75 mil em estudos e agências de comunicação. A CDU (PCP/Verdes) apresentou um orçamento total de 595 mil euros, dos quais aposta 134 mil em propaganda, comunicação impressa e digital, 106 mil em cartazes e 60 mil em comícios. A restante fatia – 275 mil – servem para cobrar custos administrativos. Os comunistas não vão apostar em brindes nem agências, tal como o Bloco de Esquerda, que nesta campanha prevê gastar 460 mil euros.
O PAN e o Livre são os partidos mais poupados, prevendo cada um gastar 150 mil euros para convencer os eleitores nas eleições de 18 de maio.
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