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Carlos César acusa Governo de estar a fugir de solução para viabilizar Orçamento do Estado

“Se há alguém que tem procurado uma solução para que haja OE é o PS. Se há alguém que tenha fugido de uma solução até agora é o Governo da República”, afirmou este domingo o presidente do PS.
O presidente do PS, Carlos César em conversa com o secretário-geral do partido, António Costa
29 Setembro 2024, 17h10

O presidente do PS, Carlos César, acusou este domingo o Governo estar a fugir de uma solução para a viabilização do Orçamento do Estado (OE) e defendeu que o partido não deve “anular a sua matriz”.

“Se há alguém que tem procurado uma solução para que haja OE é o PS. Se há alguém que tenha fugido de uma solução até agora é o Governo da República”, afirmou, falando aos jornalistas à margem do 19º. Congresso Regional do PS/Açores, que decorreu no Teatro Micaelense, em Ponta Delgada.

O presidente do PS defendeu que o partido deve “procurar uma solução” para a aprovação do OE através da apresentação de propostas que vão ao encontro do “melhor interesse do país”.

“Devemos, sobretudo, privilegiar aquilo que considerarmos em cada momento o melhor interesse do país e isso implica aquilo que o PS está a fazer, que é apresentar propostas ao Governo da República e procurar uma solução”, reforçou.

Questionado pela posição do secretário-geral do PS, que avisou que prefere perder eleições a abdicar das convicções, César respondeu: “Eu acho que não devemos anular a matriz do PS e devemos ganhar eleições”.

Antes, também no congresso dos socialistas açorianos, Pedro Nuno Santos alertou que prefere perder eleições a abdicar das suas convicções e reiterou, a propósito da negociação do OE, que o “tempo da tática política acabou”.

“Prefiro, para ser claro e frontal com todos vós, perder eleições a defender as nossas convicções e aquilo que achamos que é o melhor para o país do que abdicar das nossas convicções para evitar eleições com medo de as perder”, afirmou o líder socialista.

No sábado, o Presidente da República defendeu que o executivo “deve perceber que o interesse nacional é mais importante” do que o programa do Governo e “não ser inflexível”, alertando que, caso contrário, a decisão passará para “o terceiro partido”.

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