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Carlos Moedas apela à solidariedade do autarca de Santa Maria Maior para aceitar Hotel Social

“Ainda não falei com o senhor presidente da junta, mas é muito importante a solidariedade entre todos. A solidariedade da cidade de Lisboa não só em relação à habitação mas também às pessoas em situação de sem-abrigo. É preciso não ter só o acolhimento tradicional, mas também este como o Hotel Social”, afirmou o autarca social-democrata.
2 Setembro 2024, 19h58

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), apelou hoje à solidariedade do autarca de Santa Maria Maior para aceitar a construção na freguesia de um Hotel Social para pessoas em situação de sem-abrigo.

“Ainda não falei com o senhor presidente da junta, mas é muito importante a solidariedade entre todos. A solidariedade da cidade de Lisboa não só em relação à habitação mas também às pessoas em situação de sem-abrigo. É preciso não ter só o acolhimento tradicional, mas também este como o Hotel Social”, afirmou o autarca social-democrata.

Carlos Moedas, que falava esta tarde aos jornalistas no final de uma cerimónia de entrega de habitações municipais, reagia desta forma à oposição pública do presidente da Junta de Santa Maria Maior, Miguel Coelho (PS), à construção de um Hotel Social para pessoas em situação de sem-abrigo naquela freguesia.

O projeto visa o alojamento urgente e temporário de pessoas em situação de especial vulnerabilidade e foi aprovado por unanimidade em 10 de julho pelo executivo municipal – os proponentes PSD e CDS, PS, Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), PCP, Livre e BE.

A implementação do Hotel Social passa pela reabilitação de dois imóveis contíguos de propriedade municipal na Rua das Olarias (números 41 e 43), num investimento de dois milhões de euros até 2026, que “permitirá uma ocupação máxima de 29 utentes (nove quartos individuais, quatro quartos duplos e quatro quartos triplos)”.

Haverá ainda “um conjunto de serviços de apoio”, como cozinha industrial, lavandaria e espaços dedicados a serviços.

Apesar de a proposta já ter sido viabilizada, o autarca de Santa Maria Maior quer que os imóveis sejam canalizados para habitação a preços acessíveis e já promoveu um abaixo-assinado para contestar o projeto.

“O centro histórico já está sobrecarregado de problemas. Não se pode trazer para aqui mais uma situação que vai ser disfuncional em relação às pessoas que aqui vivem”, afirmou Miguel Coelho, em declarações à agência Lusa.

Contudo, Carlos Moedas sublinha que “o valor da solidariedade deverá prevalecer”, manifestando otimismo em relação à implementação do projeto.

“Nós trabalhamos sempre com as juntas. Eu sei que é preciso trabalhar pelo lado da solidariedade. Tudo acaba por correr bem quando se convive lado a lado”, atestou.

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