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Carlos Moedas apresenta candidatura a Lisboa para “unir o centro-direita em Portugal”

O candidato à Câmara Municipal de Lisboa conta com o apoio do PSD e CDS e possivelmente da Iniciativa Liberal. Carlos Moedas diz que “um projeto diferente ” e pretende “criar emprego sustentável”.
  • Cristina Bernardo
4 Março 2021, 19h05

Carlos Moedas apresentou a sua candidatura à Câmara Municipal de Lisboa, esta quinta-feira, e apontou que um dos seus objetivos é “unir o centro-direita em Portugal”.

O candidato apoiado pelo Partido Social Democrata (PSD) e CDS-PP discursou a partir do Instituto Superior Técnico, em Lisboa e garantiu que um dos propósitos da sua candidatura seria “unir o centro de direita em Portugal”, demonstrando assim a sua intenção de reforçar a direita no país. Além do PSD e CDS-PP, Carlos Moedas poderá contar ainda com o apoio da Iniciativa Liberal, com quem se tem reunido.

Outro objetivo do social democrata é ser uma alternativa a Fernando Medina. Carlos Moedas acredita que a capital precisa de uma nova liderança e assegurou que “os lisboeta podem podem contar comigo para essa mudança”, para ser “uma alternativa aquilo que tem sido a governação destes 14 esta governação socialista”.

Durante o seu discurso, Carlos Moedas recordou que chegou a Lisboa com 18 anos, em 1988, e que considerou que a cidade “transbordava energia e beleza”. Com o passar dos anos, o ex-comissário europeu sentiu que “Lisboa perdeu a ligação entre a cidade e as pessoas”. Como tal, é isso que pretende recuperar, a cidade que conheceu, e o seu programa eleitoral reflete esta vontade.

Carlos Moedas admite ter um “projeto diferente” onde pretende “criar emprego sustentável, emprego que nos vai dar uma melhor qualidade de vida” e para que isso aconteça é necessário que seja criado talento. O candidato a Lisboa também revelou a intenção de “trazer para Lisboa o conceito dos novos tempos”, para que a capital seja mais “centrada nas pessoas, na resolução dos problemas das pessoas, na tecnologia, na inovação, no combate às alterações climáticas”. O principal rival de Medina também prometeu que Lisboa seria a “cidade da cultura” com a sua liderança.

As dificuldades e indecisões quanto a avançar para uma candidatura à maior autarquia do país marcaram igualmente o discurso de Carlos Moedas que admitiu que a decisão não foi fácil. “Às vezes na vida é mais fácil ficarmos no conforto da nossa vida, especialmente nestes momentos tão instáveis, mas este não era o momento de dizer não”.

O nome de Carlos Moedas enquanto candidato do PSD para a Câmara Municipal de Lisboa surgiu a 25 de fevereiro, com o líder social-democrata a considera-lo a “candidatura forte” que tanto precisava para Lisboa. Entretanto, já conta também com o apoio do CDS-PP, cujo presidente, Francisco Rodrigues dos Santos, classificou-o como sendo “um nome forte para a coligação de centro-direita”. A Iniciativa Liberal ainda está em fase de discussões com Carlos Moedas e ainda está a avaliar se o candidato vai adotar no seu programa eleitoral medidas “liberais” que passam por exemplo, por manter taxas municipais reduzidas.

A sua candidatura também já lhe valeu algumas críticas, com o vice-presidente do Chega, Diogo Pacheco Amorim, que representa a extrema-direita em Portugal, a referir-se à aliança entre PSD-CDS, em Lisboa, como “centopeia política”. 

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