[weglot_switcher]

Cartões de crédito: Estas são as melhores dicas para poupar

Juros acima do mercado, benefícios desperdiçados e taxas desnecessárias. Está a utilizar da melhor maneira o seu cartão de crédito?
31 Outubro 2017, 09h30

É quase impossível passar sem ele, mas os juros cobrados e as várias taxas inerentes à sua utilização fazem com que o cartão de crédito ainda seja um bicho-de-sete-cabeças para muitos consumidores. Veja como pode diminuir os seus gastos com o “dinheiro de plástico” e ainda usufruir de alguns benefícios que provavelmente não sabia a que tinha direito.

A descida da TAEG média dos cartões de crédito é uma realidade a que temos assistido nos últimos quatro anos. A descida registada neste período ascende aos 54%, mas muitos consumidores desconhecem esta realidade e dispõem de produtos financeiros com taxas demasiado elevadas para o estado do mercado. Segundo o comparaja.pt, atualmente existem consumidores com cartões de crédito com taxas de juro acima dos 20%, um custo desnecessário e que pode ser resolvido através de um simples telefonema para a instituição financeira emissora do cartão de crédito, negociando a redução das taxas de juro para os valores atuais do mercado, que atualmente se situa entre os 10% e 14%. Caso pretenda trocar de entidade emissora do cartão de crédito, atente à TAEG – Taxa Anual Efetiva Global, indicador que engloba juros, despesas, comissões, impostos e encargos com seguros.

Também é fácil manter debaixo de olho as despesas que são feitas ao longo do mês com o cartão de crédito. Basta controlar o extrato bancário para ver se se está a gastar mais do que o devido, ou seja, se consegue pagar o montante utilizado entre a data de compra e a de pagamento do saldo do cartão, período que, geralmente, se situa entre os 20 e os 50 dias. Isto porque, caso o cliente ultrapasse este período e não pague o valor em dívida, o montante irá aumentar com a incidência de juros de mora, calculados de acordo com a TAEG.

No caso de não conseguir pagar a totalidade do montante em dívida durante o período de isenção de juros, tente pagar prestações o mais elevadas possível – sem, no entanto, pressionar demasiado a sua taxa de esforço – para reduzir ao máximo os custos com juros.

Pagamentos no estrangeiro
Sendo uma grande mais-valia nas deslocações das pessoas, os pagamentos feitos com cartões de crédito no estrangeiro encerram custos acrescidos, especialmente nos levantamentos a crédito. Caso não consiga evitar utilizar este expediente, opte pelo levantamento de quantias mais elevadas, poupando os custos inerentes a múltiplos levantamentos de pequenas quantias, uma vez que as taxas são fixas e aplicam-se a qualquer levantamento, independentemente do valor em causa. Sempre que possível opte pelo levantamento com cartão de débito. Por um levantamento de 150 euros, dizem os especialistas do comparaja.pt, são pagos até 159 euros (incluindo comissões) a débito, menos 5 euros que os 164 euros que poderão pagar caso recorram ao levantamento a crédito.

Para evitar os elevados custos do levantamento a crédito, os consumidores podem optar pelo pagamento a crédito, que obriga a comissões são mais reduzidas. Por exemplo, para uma compra de 150 euros, o total a pagar, com taxas incluídas, é de 154 euros, um valor semelhante ao que o consumidor terá de desembolsar caso opte por pagar com o cartão de débito.

Seguros de viagem grátis? Sim, é possível 
Quando escolher um cartão de crédito, atente não apenas nas taxas de juro e nas comissões a pagar, mas também nos benefícios que o cartão encerra. Nomeadamente os seguros incluídos e como poderão ser ativados. Assim, quando se pensa em viajar, é importante analisar todas as condições do cartão de crédito para perceber se este contempla algum Seguro de Viagem, um produto bastante disseminado na oferta de cartões de crédito em Portugal, conforme adianta o comapraja.pt. Para que possa ser ativado em viagem, é habitualmente necessário que o seu titular efetue a compra dos títulos de viagem com o cartão de crédito.

Viagens gratuitas e devolução de até 3% dos gastos 
Os cartões de crédito não servem apenas para pagar as contas ou pedir dinheiro emprestado. São muitos os portugueses que desconhecem as facetas dos cartões de crédito e as suas vantagens. Cada pessoa deve analisar as ofertas do mercado e perceber qual o cartão indicado para si, consoante as suas necessidades e preferências.
Um dos tipos de cartão de crédito mais comuns é o que possibilita acumular milhas aéreas. Estas são uma espécie de “pontos” oferecidos pelas companhias aéreas através dos seus programas de fidelização, podendo ser trocadas por bilhetes de avião ou outros benefícios oferecidos pelas companhias.

O cliente pode ganhar milhas com as suas compras diárias pagas com o cartão de crédito e até se viajar na companhia aérea onde está fidelizado. Com o acumular de milhas, poderá inclusive cobrir de forma gratuita parte ou até o valor total de uma viagem de avião.

Outro tipo de cartão de crédito é o que inclui a modalidade de cashback. Este benefício é pouco conhecido e aproveitado pelos portugueses. Um cartão de crédito com cashback possibilita que, no mês seguinte aos gastos efetuados com o cartão de crédito, se receba de volta uma percentagem desse montante. Este valor devolvido deriva de uma percentagem pré-definida pela instituição financeira emissora do cartão.

No mercado português existem diversos cartões de crédito com cashback. As taxas disponibilizadas pelas instituições bancárias variam entre os 1% e os 3%, sendo que a maior parte dos cartões com esta vantagem oferece a anuidade.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.