Casa Branca compartilha por engano planos de guerra no Iémen com jornalista do The Atlantic
Os legisladores democratas rapidamente criticaram o erro, afirmando que era uma violação da segurança nacional dos EUA e uma violação da lei, que deve ser investigada pelo Congresso.
FILE PHOTO: Former U.S. President Donald Trump speaks to an audience at the “American Freedom Tour” event in Memphis, Tennessee, U.S., June 18, 2022. REUTERS/Karen Pulfer Focht/File Photo
25 Março 2025, 16h45
Altos funcionários do governo Trump divulgaram, por engano, planos de guerra num grupo de mensagens que incluía um jornalista, pouco antes de os EUA atacarem os houthis do Iémen, alinhados ao Irão, disse a Casa Branca na segunda-feira, após um relato em primeira mão do The Atlantic.
Os legisladores democratas rapidamente criticaram o erro, afirmando que era uma violação da segurança nacional dos EUA e uma violação da lei, que deve ser investigada pelo Congresso.
O editor-chefe do The Atlantic, Jeffrey Goldberg, disse numa reportagem, transmitida na segunda-feira, que foi inesperadamente convidado, a 13 de março, para um chat criptografado, na aplicação de mensagens Signal, chamado “pequeno grupo Houthi PC”. Nesse mesmo grupo, o conselheiro de segurança nacional Mike Waltz encarregou o seu vice, Alex Wong, de criar uma “equipa de tigres” para coordenar a ação dos EUA contra os Houthis.
O presidente dos EUA, Donald Trump, lançou uma campanha contínua de ataques militares em larga escala contra os Houthis do Iémen em 15 de março, por causa dos ataques do grupo contra navios do Mar Vermelho, e alertou o Irão, principal apoiante dos Houthis, que precisava interromper imediatamente o apoio ao grupo.
Horas antes desses ataques começarem, o Secretário de Defesa, Pete Hegseth, publicou detalhes operacionais sobre o plano no grupo de mensagens, “incluindo informações sobre alvos, armas que os EUA estariam a implantar e sequenciamento de ataques”, disse Goldberg. O relatório omitiu os detalhes, mas Goldberg classificou-o como um uso “chocantemente imprudente” de um chat do Signal.
