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Catarina Martins quer ouvir ministro da Educação no Parlamento sobre cortes no ensino artístico

A coordenadora do Bloco de Esquerda visitou esta quarta-feira, 16 de setembro, a Sociedade Artística Musical dos Pousos, em Leiria, onde denunciou, os cortes de financiamento que estão a afetar muitas instituições de de ensino articulado e a lesar os alunos.
  • “Temos barragens a mais, as barragens provocam evaporação, portanto nós estamos sempre a perder água e isto é um problema muito complicado.”
16 Setembro 2020, 14h50

Catarina Martins quer que o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, explique no Parlamento os cortes no ensino artístico especializado feitos este ano pelo Governo e que estão a afetar muitas escolas de ensino articulado, como a Sociedade Artística Musical dos Pousos, em Leiria, que visitou esta quarta-feira, 16 de setembro.

“É absurdo como é que numa mesma turma da escola pública, a uns é dito que terão o ano letivo normal, ou seja, a escola pública é gratuita e a outros alunos da mesma turma, é dito que terão de pagar propina para fazerem os seus estudos”, afirmou a coordenador do Bloco de Esquerda nesta escola, uma das que viram o financiamento do ensino artístico reduzido no distrito de Leiria.

Várias escolas do país estão a dizer aos pais que sem financiamento, a única forma de aceder às aulas é pagando.

“O Ministério da Educação envolveu-se aqui numa enorme trapalhada. Nós tentaremos compreender as razões mais fundas disto, o apelo que eu faço é que nos próximos dias se resolva já o problema para os alunos que estão matriculados, sem prejuízo de nós, no Parlamento, queremos perceber exatamente o que se passou e queremos debater o financiamento do ensino artístico e o acesso da música a todas as crianças em Portugal”.

O Bloco de Esquerda tem vindo a denunciar o corte no financiamento das vagas para o ensino articulado. Ricardo Vicente, deputado do Bloco de Esquerda eleito pelo círculo de Leiria, que no início deste mês reuniu com várias escolas de ensino articulado, lamentou no início de setembro à agência Lusa que “escolas que são privadas, com fins lucrativos, tenham visto as vagas aumentar, e escolas artísticas, como o Orfeão de Leiria, a Sociedade Artística Musical dos Pousos (SAMP) e o Instituto Jovens Músicos, “que são entidades sem fins lucrativos, com um trabalho desenvolvido há décadas sofreram este corte”.

O deputado considerou não se perceber “a razão de todo o atraso, nem a forma como foram atribuídas as vagas. Todo o processo foi feito de uma forma obscura e pouco transparente. Nenhuma das entidades formadas foi questionada. Foi feito um corte cego e os pais, os alunos e as escolas não podem ser lesados pela incompetência do Governo”.

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