A CCP – Confederação do Comércio e Serviços de Portugal afirma que só vai analisar uma proposta de aumento do salário mínimo em outubro, mas avisa que não vê razões para alterar a actual metodologia, que prevê uma ponderação em função da “evolução da inflação, produtividade e crescimento da economia”.
Esta posição foi tomada depois de o presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal ter admitido que as confederações patronais poderão avançar com uma proposta de salário mínimo que poderá situar-se acima dos 600 euros para o próximo ano.
“Os 600 euros são a meta do governo, mas provavelmente se continuarmos neste desenvolvimento, nesta garantia de manutenção e nas alterações que desejamos produzir ao nível da melhoria dos factores de produção então é possível que esse valor até possa vir a ser melhorado”, afirmou António Saraiva, em entrevista à “Antena 1” e ao “Jornal de Negócios”.
Em comunicado, a CCP defende que a metodologia de definição do salário mínimo nacional em função da “evolução da inflação, produtividade e crescimento da economia” é a “mais adequada para um crescimento sustentável da economia e do emprego” e recorda que o governo, “nos últimos anos, por decisão política, decretou aumentos significativamente superiores”.
Acrescenta que, no universo representado pela CCP, “com mais de uma centena de associações que integram próximo de 200 mil empresas e mais de 1,2 milhões de trabalhadores”, existem vários sectores (Automóvel, Transportes, Novas Tecnologias, etc.) que, pelas suas características acordaram, nos seus contratos colectivos de trabalho, salários mínimos superiores ao legalmente estabelecido. Julgamos estas situações como positivas para a evolução do consumo interno e da economia em geral, incluindo o seu significado social”.
No entanto, no comunicado, a CCP refere que não discutiu, ou sequer considerou, “qualquer proposta de aumento do salário mínimo para 2019 acima da proposta que consta do programa de governo”.
“Apenas em Outubro analisaremos os indicadores referidos e, consequentemente, definiremos a nossa posição”, acrescenta.
O programa do governo prevê o aumento do salário mínimo nacional de 557 para 600 euros no próximo ano.
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