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CDS-PP anuncia voto contra a “bazuca de impostos” do OE2022

Francisco Rodrigues dos Santos considera que o Estado pratica um “assalto” aos contribuintes em várias vertentes, criticando os desdobramentos do IRS e a relutância em abordar os impostos sobre os produtos petrolíferos.
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    Francisco Rodrigues dos Santos
15 Outubro 2021, 18h17

O CDS-PP anunciou esta sexta-feira o seu chumbo à proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), justificando a decisão com o “assalto” aos contribuintes que representa a carga fiscal em Portugal e que impede qualquer ascensão social através do trabalho.

Em conferência de imprensa após o encontro em Belém com o Presidente da República, o líder dos centristas considerou que esta proposta de OE representa um “brutal aumento dos impostos” que impede que cada português “possa subir na vida através do trabalho”.

“Por essa razão, o CDS vai votar contra esta bazuca de impostos”, afirmou Francisco Rodrigues dos Santos.

A decisão foi motivada, continuou, pelo “aumento de cerca de 3,1 mil milhões de euros na receita fiscal” e o desdobramento nos escalões de IRS, que coloca “Portugal campeão da discriminação entre os muito muito pobres, os muito pobres, os pobres e os remediados”. Adicionalmente, o presidente de CDS-PP relembra que o partido sugeriu o fim do adicional sobre produtos petrolíferos, argumentando que o Governo ignora os efeitos deste aumento da energia.

“Vamos atravessar o inverno e, em muitos locais, idosos morrem de frio porque não têm dinheiro para pagar a eletricidade”, ilustrou Rodrigues dos Santos.

Além destes motivos, o líder centrista considera que o documento proposto pelo Executivo não contém propostas estruturais que fomentem o crescimento no país, recordando que este tem vindo a ser ultrapassado por vários países do bloco de Leste e a expectativa é de que o próximo seja a Roménia, já em 2022.

Também a dívida pública crescente mereceu um reparo, com ‘Chicão’, como é conhecido o presidente do partido, a argumentar que os 125% do PIB estimados para a dívida no próximo ano conferem “um valor pornográfico que sobrecarga as novas gerações e empresas”.

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