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CDS-PP confirma saída de Abel Matos Santos da Comissão Executiva

Líder da corrente minoritária TEM – Esperança em Movimento afastou-se pouco mais de uma semana após ser eleito, na sequência da polémica causada por uma publicação em que chamava “agiota de judeus” a Aristides de Sousa Mendes.
4 Fevereiro 2020, 22h42

O CDS-PP oficializou na noite desta terça-feira a saída de Abel Matos Santos da comissão executiva do partido, para a qual fora eleito há pouco mais de uma semana no congresso de Aveiro, integrando a lista única encabeçada pelo novo presidente, Francisco Rodrigues dos Santos. Em causa esteve uma publicação polémica nas redes sociais do líder da corrente minoritária TEM – Esperança em Movimento, que em 2012 se referiu a Aristides de Sousa Mendes, o cônsul de Portugal em Bordéus que emitiu vistos que salvaram milhares de pessoas do Holocausto, como um “agiota de judeus”.

”Na sequência da primeira reunião da sua comissão executiva, o CDS informa que Abel Matos Santos apresentou a sua renúncia ao cargo de vogal que ocupava neste órgão, não permitindo, deste modo, que as suas afirmações passadas possam suscitar dúvidas sobre a tradição política em que o CDS, inquestionavelmente se insere”, lê-se num comunicado do partido, sem esclarecer se o líder da TEM, que desistiu da candidatura à presidência do partido em favor de Francisco Rodrigues dos Santos, continuará a integrar a comissão política nacional.

Também referidos no comunicado da comissão executiva do CDS-PP foram os valores reafirmados na moção “Voltar a Acreditar”, elaborada por Francisco Rodrigues dos Santos e que foi a mais votada no congresso de Aveiro, abrindo caminho para a sua vitória sobre João Almeida na corrida à sucessão de Assunção Cristas: “O CDS é fronteira de todos os extremismos, farol dos valores da democracia-cristã, do humanismo personalista e do primado da dignidade humana.”

Abel Matos Santos mantém-se até agora em silêncio, tendo na sexta-feira passada enviado uma mensagem pessoal ao presidente da Comunidade Israelita de Lisboa em que garantia não ser anti-semita e exprimia o seu “lamento sincero pelo desconforto que palavras que proferi anos atrás, agora oportunisticamente descontextualizadas e manipuladas com lamentáveis propósitos de aproveitamento político-partidário, causaram na comunidade judaica, que muito respeito e prezo”.

 

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