CDS-PP Madeira prioriza impostos e salários no programa de Governo

O CDS-PP Madeira reuniu esta terça-feira a Comissão Coordenadora com o intuito de elaborar o Programa de Governo da força partidária. Um dos elementos da Comissão Coordenadora dos centristas madeirenses, Mário Pereira, referiu que “esta é a continuação de um trabalho longo” que o partido tem realizado, no sentido de refletir sobre a Madeira.

“O CDS-PP tem vindo a incorporar as suas ideias na sua ação política. Foi isso que fizemos no último Orçamento Regional, negociado no âmbito do Governo, onde conseguimos introduzir um grande conjunto de propostas importantes. É para isso que vamos continuar a trabalhar e a refletir porque queremos ir ao encontro dos anseios da nossa população”, salientou o partido.

Nesse sentido foram identificadas cinco áreas que a força partidária considera prioritárias.

Entre elas está o envelhecimento da população, que acontece na Madeira, no Continente e também na Europeia.

“Os nossos idosos precisam de apoio adicional e merecem ter qualidade de vida nos seus últimos anos. Neste sentido, queremos que seja possível repensar o social com um aumento do apoio a essas pessoas e, para isso, é preciso investimento a longo prazo. Também por esta razão, lançamos a proposta de converter o Hospital Dr. Nélio Mendonça num instrumento de apoio à população mais carenciada”, defendeu a força partidária.

Outra área prioritária para o CDS-PP será a forma como se procede à redistribuição da riqueza tendo em conta que a Região está numa fase de crescimento económico.

“Num partido democrata-cristão como o nosso, não faz sentido termos uma Região que está a crescer economicamente, mas não tem a possibilidade de dar o mínimo de condições a toda a população, em especial à população que trabalha arduamente e não consegue pagar as suas despesas básicas”, disse a força partidária.

Nesta área, Mário Pereira destacou a proposta que o CDS-PP apresentou relativamente ao aumento do salário mínimo com o intuito de uma “forma gradual, ajudar uma parte da população que vive com dificuldades económicas”.

A habitação é outra área prioritária para os centristas madeirenses, que consideram que esta é uma das causas que “mais tem dificultado a gestão das finanças das famílias madeirenses com um aumento substancial dos preços das casas para aquisição e para arrendamento”.

O partido defendeu que “se os privados não são suficientes para termos construção suficiente de habitações, são as autarquias e o próprio Governo Regional que têm de apoiar para que possamos ter casas em quantidade suficiente e com o devido enquadramento do ordenamento do território”.

A força partidária coloca também as questões sociais, entre as suas prioridades, e considera que o consumo de substâncias psicoativas, como é o caso das novas drogas, tem sido um “grande problema” que surgiu nesta última década.

“Estas têm causado muita insegurança e afastamento social. Consideramos que a resposta que tem sido dada não tem sido a suficiente. Por isso, e no nosso entender, é preciso repensar todos os tipos de apoio, desde o apoio psicológico, psiquiátrico, social e, principalmente, o apoio na reintegração, de forma a que este problema não continue a crescer e não traga consequências sociais ainda mais nefastas para a nossa região”, referiu a força partidária.

Entre as prioridades do CDS-PP está também a questão fiscal. Os centristas madeirenses consideram que a Região tem impostos “muito elevados”.

A força partidária referiu que se a Região “conseguir conciliar o apoio ao crescimento económico com uma redução coerente de alguns impostos, nomeadamente do IVA, pode-se manter um equilíbrio nas finanças públicas, permitindo ter uma redução fiscal que se reflita nas famílias madeirenses, ao mesmo tempo que temos instrumentos suficientes para continuar a estimular a economia nas suas diferentes modalidades, inclusive no turismo”.

O partido concluiu dizendo que pretende construir uma proposta de governo que seja “equilibrada, muito focada nas questões sociais” que permite à Região “continuar a ter crescimento económico, mas que esse crescimento económico se reflita em melhores condições de vida para a população”.