A CGTP considera a proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) insuficiente na resposta aos trabalhadores e famílias, pedindo mais rasgo para interromper o “modelo assente em baixos salários, precariedade e horários longos e cada vez mais desregulados” que, defende, vigora no país.
A central intersindical manifestou-se esta sexta-feira insatisfeita com as propostas presentes no documento submetido no início da semana à Assembleia da República, considerando que este carece “de uma política que valorize o trabalho e os trabalhadores, promova serviços públicos de qualidade e garanta o financiamento do Estado através de uma tributação que, garantindo mais recursos, incida sobre os rendimentos do capital, desonerando aqueles que têm como origem o trabalho”.
Assim, a CGTP pede um aumento geral de 90 euros e a fixação do salário mínimo nacional em 850 euros, além de uma subida geral das pensões que “permita o envelhecimento com dignidade”. Outra exigência recai na fixação do horário de trabalho em 35 horas semanais, que devem ser bem definidas, e a contratação permanente de trabalhadores para posições permanentes nas empresas.
Também os serviços públicos merecem uma maior atenção do que o OE2022 confere, argui a intersindical, que pede “uma aposta robusta nos serviços públicos que coloque na esfera pública as empresas e sectores essenciais ao desenvolvimento do país”. Em termos fiscais, a CGTP considera “manifestamente insuficiente” o desdobramento dos escalões do IRS anunciado neste proposta, apesar de reconhecer o mérito da medida.
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